• Matéria: Artes
  • Autor: nichellyalvessobrinh
  • Perguntado 3 anos atrás

uma canção indigena de maraba pará​

Respostas

respondido por: mariavitoria200630
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Eu vivo sozinha, ninguém me procura!

Acaso feitura

Não sou de Tupá!

Se algum dentre os homens de mim não se esconde:

- "Tu és", me responde, "Tu és Marabá!"-Meus olhos são garços, são cor das safiras,

- Têm luz das estrelas, têm meigo brilhar!

- Imitam as nuvens de um céu anilado,

- As cores imitam das vagas do mar!

Se alguns dos guerreiros não foge a meus passos:

"Teus olhos são garços,"

Respondo anojado, "mas és Marabá

"Quero antes uns olhos bem pretos, luzentes,

"Uns olhos fulgentes,

"Bem pretos, retintos, não cor d'anajá!"

- É alvo meu rosto da alvura dos lirios, - Da cor das areias batidas do mar,

- As aves mais brancas, as conchas mais puras

- Não têm mais alvura, não têm mais brilhar.

Se ainda me escuta meus agros delirios:

-"És alva de lirios",

Sorrindo responde, "mas és Marabá: "Quero antes um rosto de jambo corado,

"Um rosto crestado

"Do sol do deserto, não flor de caja."

-Meu colo de leve se encurva engraçado,

- Como hástea pendente dos cactos em flor,

-Mimosa, indolente, resvalo no prado,

- Como um soluçado suspiro de amor! (GONÇALVES DIAS, 1959, p. 371)

"Eu amo a estatura flexivel, ligeira, (GONÇALVES DIAS, 1959, p. 372)

Qual duma palmeira",

Então me respondem; "tu és Marabá:

"Quero antes o colo da ema orgulhosa,

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