• Matéria: História
  • Autor: gilnascimento81
  • Perguntado 3 anos atrás

“As relações das mulheres com o poder inscrevem-se primeiramente no jogo das palavras. ‘Poder’, como muitos outros, é um termo polissêmico. No singular, ele tem uma conotação política e designa basicamente a figura central, cardeal do Estado, que comumente se supõe masculina. No plural, ele se estilhaça em fragmentos múltiplos, equivale a ‘influências’ difusas e periféricas, onde as mulheres têm sua grande parcela.
Se elas não têm o poder, as mulheres têm, diz-se poderes.” (PERROT, 2017, p. 177).

No trecho acima, Michelle Perrot apresenta um dos pontos cruciais para a sua análise da história das mulheres, a saber, as relações de poder. Com base no texto e nas discussões da seção escolha a alternativa correta:

a) A possibilidade de diferentes interpretações de sentido da palavra “poder” é o primeiro indício da desigualdade entre homens e mulheres, mas também é o ponto de partida para o reconhecimento da existência de espaços de domínio feminino.
b) As mulheres, ao não terem acesso ao poder, no singular, mantêm-se em sua zona de conforto, por exemplo, no lar, onde operam da mesma forma que a personagem cardeal do Estado.
c) A permanência da mulher nos espaços domésticos só seria suplantada quando ela deixasse de exercer pequenos poderes e focasse sua luta na questão política, em que o verdadeiro poder se estabelecia.
d) A conotação política da palavra “poder” – no singular – restringe a atuação feminina, não permitindo o seu acesso a cargos públicos, é herdeira da Igreja Católica que hierarquiza e masculiniza os espaços públicos e privados.
e) As diferenças semânticas encontradas na palavra “poder” são uma expressão das diferenças biológicas e intelectuais entre homens e mulheres, e de que a mulher só é capaz de assumir pequenas responsabilidades ou “poderes”.

Respostas

respondido por: phsilva0917
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Resposta:

A

Explicação:

o foco de Michelle  Perrot é a relação das mulheres com o poder, aqui o poder é visto  como algo que funciona em cadeia, em rede, em que existem

poderes periféricos e moleculares – muitas vezes não absorvidos ou

criados pelo Estado −, que são exercidos em variados níveis da rede

social. Apesar  de juridicamente colocadas em posição de dominadas, as mulheres

possuem poderes em espaços diversos.

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