• Matéria: História
  • Autor: Anônimo
  • Perguntado 3 anos atrás

Refiro-me à destruição que pudemos fazer da grande (20 x 40 metros) e velha maloca taracuá [...] Sabe V. Rvma. que para o índio a maloca é cozinha, dormitório, refeitório, tenda de trabalho, lugar de reunião na estação de chuvas e sala de dança nas grandes solenidades. [...] A maloca é também, como costumava dizer o zeloso dom Bazola, a “casa do diabo”, pois que ali se fazem as orgias infernais, maquinam-se as mais atrozes vinganças contra os brancos e contra outros índios...Monsenhor Pedro Massa, início século XX. In: ZENUN, K. H. e ADISSI, V. M. A. Ser índio hoje: a tensão territorial. 2.ed. São Paulo: Loyola, 1999, p. 70. (Adaptado).Com a chegada dos europeus ao continente americano, teve início a subjetivação da figura do índio, delineando-se, gradativamente, a imagem do nativo ocioso, preguiçoso, indisciplinado e desorganizado. Esse ponto de vista atravessou séculos e sobrevive em nossos dias. Dessa maneira, de acordo com a citação, derrubar a maloca seria uma ação necessária, pois a moradia indígena representava o(a) :

a) obstáculo que impedia o trabalho de catequese no espaço conhecido como reduções.
b) símbolo de superioridade da cultura indígena, quando comparada à europeia.

c) baluarte de expressão da organização tribal, influência do contato com a cultura africana.

d) tradição da cultura pagã que contrariava os planos de conversão e domínio espiritual.​

Respostas

respondido por: marileiaesilvio
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Resposta:

Alternativa D está correta.

Explicação:

Ao se relacionar a maloca à “casa do diabo”, queria-se indicar que esse modelo habitacional indígena conflitava com a fé católica. A maloca não é um modelo arquitetônico proveniente do contato de populações indígenas e populações africanas. A cultura indígena era considerada inferior à europeia exatamente pela forma como viviam. As reduções, ou missões jesuíticas, se organizavam arquitetonicamente como uma vila europeia.

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