Texto 1:
“No começo, havia basicamente nada. Um montão de nada. O primeiro deus, se é que podemos chamálo assim, foi Caos, uma névoa sombria e gosmenta que vagava por aí contendo toda a matéria do cosmos. (...) Com o tempo, Caos acabou ficando menos caótico. Talvez tenha se entediado com essa história de ser tão sombrio e enevoado. Parte da matéria contida no Caos se aglomerou e se solidificou, formando a terra, que infelizmente desenvolveu uma personalidade com vida. Ela batizou a si mesma de Gaia, a Mãe Terra. E então Gaia era a terra em si: as pedras, as colinas, os vales, a parafernália toda. Mas Gaia também podia assumir a forma humana. (...) Depois de muito tempo sozinha, Gaia olhou para o nada enevoado acima da terra e disse para si mesma: Sabe o que seria bom? Um céu. Eu adoraria um céu. E seria legal se ele fosse também um homem bonito por quem eu pudesse me apaixonar, porque estou meio sozinha aqui embaixo só com essas pedras. Ou Caos ouviu o desejo dela e o realizou, ou então Gaia simplesmente fez com que se tornasse realidade, porque o céu se formou: um domo protetor acima da terra que era azul durante o dia e preto à noite. O céu se autobatizou Urano. (...) Um dos problemas foi que Caos ficou um pouco animado com a própria capacidade de criação. Ele pensou com seus enevoados e sombrios botões: Veja só, Terra e Céu. Que divertido! O que mais será que eu consigo fazer? Em pouco tempo ele criou todo tipo de problemas, e com isso quero dizer deuses.”
Texto 2:
“Um dia, nos contou a anciã como surgiu nosso povo. Preste atenção, meninada, para esta história não esquecer. Vou contar bem devagar para que possam decorar. Nos falou a anciã que tana kanata ayetu, nossa luz radiante, enviou uma grande gota d’água, que veio do céu trazendo outras duas gotas dentro de si. Bateu suave na Samaumeira, por sua folha deslizou e foi lentamente se desfazendo, amparada por outras folhas, até que as duas gotas menores caíram no grande lago. Esse lago espelhava as árvores, que, submersas, sombreavam suas águas, e lhe davam uma coloração escura. As duas gotas tocaram as águas e sumiram. Tudo parecia calmo, mas, de repente, por detrás de um grande tronco de árvore, surgiram o homem e a mulher, que juntos deixaram as águas, adentraram a floresta e começaram a fundar nossa nação.
Assim se deu o despertar para a vida de um povo que (...) é considerado o povo das águas. Desde então os Omágua/Kambeba constroem suas casas perto de rios, lagos ou igarapés, porque a água tem uma forte relação com a cultura, está presente nos rituais e em toda a forma de cura física e espiritual”.
Questão: Os textos acima são exemplos de Mitos. O texto 1 traz uma atualização de um trecho clássico da Mitologia Grega; já o texto 2 nos traz uma narrativa sobre a tribo dos Kambeba (Para saber mais sobre os Kambeba:
a) Como é contada/narrada a origem no texto 1 e no texto 2 e b) quais funções do Mito podemos reconhecer nos textos acima.
Respostas
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Resposta:
a) O primeiro texto a narrativa é de uma forma cômica,com linguagem atual, pois se trata de uma atualização de um texto grego o segundo é uma narrativa indígena em terceira pessoa repleta de símbolos.
b)Mitos são narrativas utilizadas pelos povos gregos antigos para explicar fatos da realidade e fenômenos da natureza, as origens do mundo e dos seres humanos. Os mitos se utilizam de muita simbologia, personagens sobrenaturais, deuses e heróis.
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Vai na fe q um dia chega la
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