• Matéria: Sociologia
  • Autor: carlosdimasazevedo
  • Perguntado 3 anos atrás

Você já parou para pensar que muitas coisas que consideramos normais podem ser estranhas para outras pessoas de outras sociedades? Em geral, o que não estamos acostumados a vivenciar pode nos causar certo estranhamento.
Atualmente, graças à eficiência e agilidade dos meios de comunicação e telecomunicações, temos contato, mesmo que indireto, com diferentes sociedades. Sabemos, portanto, que, em muitos lugares da Europa, por exemplo, o consumo de carne de cavalo é muito comum.
Imagine como era esse estranhamento há seis séculos, quando muitos povos do planeta não se conheciam e iniciavam os primeiros contatos. Os europeus, que começaram a exploração dos oceanos no século XV, criaram uma visão preconceituosa, na qual tudo o que era diferente de seus hábitos, sua religião e sua organização política era considerado inferior e passível de ser dominado.
Os nativos americanos eram considerados selvagens, sua organização política e social foi desprezada e substituída pela europeia. Essa visão perpetuou-se durante séculos, pois contribuiu para que os europeus mantivessem sua supremacia política, cultural e econômica.
Poucos europeus questionaram essa concepção. Michel de Montaigne, filósofo francês do século XVI, que em suas obras buscava descrever a diversidade do ser humano, foi um dos pensadores que questionou esse ponto de vista eurocêntrico. Por esse motivo, dedicou parte de seus estudos aos relatos de historiadores sobre outras sociedades, sobretudo as colônias de países europeus. Em um de seus textos afirmou: [...] não há nada de bárbaro e selvagem nessa nação, pelo que dela me relataram, senão que cada um chama de bárbaro que não é de seu uso, em verdade, não parece que tenhamos outro padrão de verdade de razão que o exemplo e a ideia das opiniões e usanças do país de onde somos. Lá está sempre a religião perfeita, o regime político perfeito e acabado de todas as coisas.

MONTAIGNE, Michel de. Dos Canibais. São Paulo. Alameda, 2009 p. 51
a) A partir do texto de Montaigne, diferencie a mentalidade colonizadora europeia e a opinião do filósofo sobre os povos “bárbaros”

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respondido por: jbispodossantos875
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Resposta:

nossa senhora do livramento de Deus

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