4.A língua sem erros
Nossa tradição escolar sempre desprezou a
língua viva, falada no dia a dia, como se fosse
toda errada, uma forma corrompida de falar “a
língua de Camões”. Havia (e há) a crença forte
de que é missão da escola “consertar” a língua
dos alunos, principalmente dos que frequentam
a escola pública. Com isso, abriu-se um abismo
profundo entre a língua (e a cultura) própria dos
alunos e a língua (e a cultura) própria da escola,uma instituição comprometida com os valores e
as ideologias dominantes. Felizmente, nos
últimos 20 e poucos anos, essa postura sofreu
muitas críticas e cada vez mais se aceita que é
preciso levar em conta o saber prévio dos
estudantes, sua língua familiar e sua cultura
característica, para, a partir daí, ampliar seu
repertório linguístico e cultural.
De acordo com a leitura do texto, a língua
ensinada na escola
a) ajuda a diminuir o abismo existente entre a
cultura das classes consideradas hegemônicas
e das populares.
b) deve ser banida do ensino contemporâneo,
que procura basear-se na cultura e nas
experiências de vida do aluno.
c) precisa enriquecer o repertório do aluno,
valorizando o seu conhecimento prévio e
respeitando a sua cultura de origem.
d) tem como principal finalidade cercear as
variações linguísticas que comprometem o bom
uso da língua portuguesa.
e) torna-se, na contemporaneidade, o grande
referencial de aprendizagem do aluno, que deve
valorizá-la em detrimento de sua variação
linguística de origem.
Respostas
RespostaA língua portuguesa, também designada português, é uma língua românica flexiva ocidental originada no galego-português falado no Reino da Galiza e no norte de Portugal. Com a criação do Reino de Portugal em 1139 e a expansão para o sul na sequência da Reconquista, deu-se a difusão da língua pelas terras conquistadas e mais tarde, com as descobertas portuguesas, para o Brasil, África e outras partes do mundo.[3] O português foi usado, naquela época, não somente nas cidades conquistadas pelos portugueses, mas também por muitos governantes locais nos seus contatos com outros estrangeiros poderosos. Especialmente nessa altura a língua portuguesa também influenciou várias línguas.[4]
Durante a Era dos Descobrimentos, marinheiros portugueses levaram o seu idioma para lugares distantes. A exploração foi seguida por tentativas de colonizar novas terras para o Império Português e, como resultado, o português dispersou-se pelo mundo. Brasil e Portugal são os dois únicos países cuja língua primária é o português. É língua oficial em antigas colônias portuguesas, nomeadamente, Moçambique, Angola, Cabo Verde, Guiné Equatorial,[5][6][7] Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, todas na África.[8] Além disso, por razões históricas, falantes do português, ou de crioulos portugueses, são encontrados também em Macau (China), Timor-Leste, em Damão e Diu e no estado de Goa (Índia), Malaca (Malásia), em enclaves na ilha das Flores (Indonésia), Baticaloa no (Sri Lanka) e nas ilhas ABC no Caribe.[9][10]
É uma das línguas oficiais da União Europeia, do Mercosul, da União de Nações Sul-Americanas, da Organização dos Estados Americanos, da União Africana e dos Países Lusófonos. Com aproximadamente 280 milhões de falantes, o português é a 5.ª língua mais falada no mundo, a 3.ª mais falada no hemisfério ocidental e a mais falada no hemisfério sul do planeta.[11] O português é conhecido como "a língua de Camões" (em homenagem a uma das mais conhecidas figuras literárias de Portugal, Luís Vaz de Camões, autor de Os Lusíadas) e "a última flor do Lácio" (expressão usada no soneto Língua Portuguesa, do escritor brasileiro Olavo Bilac).[12] Miguel de Cervantes, o célebre autor espanhol, considerava o idioma "doce e agradável".[13] Em março de 2006, o Museu da Língua Portuguesa, um museu interativo sobre o idioma, foi fundado em São Paulo, Brasil, a cidade com o maior número de falantes do português em todo o mundo.[14]
O Dia Internacional da Língua Portuguesa é comemorado em 5 de maio.[15] A data foi instituída em 2009, no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), com o propósito de promover o sentido de comunidade e de pluralismo dos falantes do português. A comemoração propicia também a discussão de questões idiomáticas e culturais da lusofonia, promovendo a integração entre os povos desses nove países.[16]
Exemplo
(c) precisa enriquece o repertório do aluno