Na pirâmide social do mundo, os negros estão embaixo e os brancos em cima.
No Brasil chamam isso de democracia racial, mas a verdade é que o futebol oferece
um dos poucos espaços mais ou menos democráticos onde as pessoas de pele
escura podem competir em pé de igualdade. Podem, mas até certo ponto – porque
também no futebol uns são mais iguais que os outros. Embora tenham os mesmos
direitos, nunca competem nas mesmas condições o jogador que vem da fome e o
atleta bem alimentado. Mas pelo menos no futebol há alguma possibilidade de
ascensão social para o menino pobre, em geral negro ou mulato, que só tem a bola
como brinquedo: a bola é a única varinha mágica em que pode acreditar. Talvez ela
lhe dê de comer, talvez ela o transforme num herói, talvez em deus.
GALEANO, E. Futebol ao sol e à sombra. Porto Alegre: L&PM Pockets, 1996
(adaptado).
Eduardo Galeano, ao apresentar o futebol, descreve o esporte como
a) espaço majoritariamente racista que sustenta discriminações no período contemporâneo.
b) base para a democracia racial, em que todos são tratados indiscriminadamente.
c) exercício meritocrata, sendo necessário ter uma bola como brinquedo para torná-lo meio de ascensão.
d) manifestação que permite, em grande medida, equidade e envolve necessidades de um grupo
marginalizado.
e) ferramenta de lazer e melhoramento físico, com benefícios coletivos.
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É possível determinar que o autor do texto Eduardo Galeano relaciona os elementos e aspectos do esporte do futebol com as classes sociais e a discriminação racial do povo negro, que dentro deste esporte é tão igual quanto o povo branco, sem distinção (item B).
No texto em questão, o autor menciona que na pirâmide social os negros estão abaixo dos brancos, o que é algo totalmente errado dentro da nossa sociedade, pois todos somos iguais e a cor não difere ninguém.
A democracia racial deve existir para manter o senso de igualdade entre todos.
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