50 pontos. Analisa-se que a política planejada pelo presidente boliviano está relacionada A. ao fato de a Bolívia possuir reservas significativas de lítio.
B. ao interesse de proteger as reservas de lítio bolivianas, evitando sua exportação.
C. às reservas de lítio e sua atual indústria de eletrônicos, que domina o mercado mundial.
D. ao mercado do lítio, dado que a Bolívia busca ser um grande produtor, apesar de suas baixas reservas.
Respostas
Resposta:
O presidente da Bolívia, Evo Morales, foi derrubado em um golpe militar no dia 10 de novembro. Agora ele está no México. Antes de deixar o cargo, Morales esteve envolvido em um longo projeto para levar justiça econômica e social ao seu país há muito explorado.
É importante relembrar que a Bolívia tem sofrido uma série de golpes de Estado, frequentemente conduzidos pelos militares e pela oligarquia em nome das empresas mineradoras transnacionais. No início, eram empresas de estanho, mas o estanho já não é o principal alvo na Bolívia. O alvo principal são seus depósitos maciços de lítio, cruciais para o carro elétrico.
Nos últimos 13 anos, Morales vinha tentando construir uma relação diferente entre o país e seus recursos. Ele não quis que os recursos naturais beneficiassem as empresas mineradoras transnacionais, mas, sim, a população boliviana.
Parte dessa promessa foi cumprida: a taxa de pobreza da Bolívia diminuiu e a população boliviana tem conseguido melhorar seus indicadores sociais.
A nacionalização dos recursos naturais, combinada com o uso de sua renda para financiar o desenvolvimento social, tem desempenhado um papel importante. A atitude do governo de Morales produziu uma resposta dura por parte das empresas transnacionais -- várias delas levaram a Bolívia à Justiça.
Ao longo dos últimos anos, a Bolívia tem lutado para buscar investimentos para explorar as reservas de lítio de forma a trazer a riqueza de volta ao país e para seu povo.
O vice-presidente de Morales, Álvaro García Linera, disse que o lítio será “o combustível que alimenta o mundo”. A Bolívia não conseguiu fazer acordos com empresas transnacionais ocidentais e decidiu estabelecer parcerias com empresas chinesas.
Isso tornou o governo de Morales vulnerável. Ele entrou na nova Guerra Fria entre o Ocidente e a China. O golpe contra Morales não pode ser entendido sem olhar para esse confronto.