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Em síntese: Com a eleição indireta de Getúlio Vargas para o cargo de presidente da República pela Assembléia Nacional Constituinte em 17 de julho de 1934, terminou o período de governo discricionário iniciado em novembro de 1930. Mas o novo governo constitucional não foi nem longo nem tranqüilo. O movimento social se tornou cada vez mais efervescente, greves operárias e manifestações da classe média surgiram em diversos estados do país, e gradativamente a atividade política foi se radicalizando. O Poder Legislativo abria mão de suas prerrogativas, enquanto o Executivo se tornava cada vez mais forte. Esse processo culminou em 10 de novembro de 1937 com o golpe do Estado Novo, dado pelo próprio presidente Vargas, que implantou no país um regime ditatorial.
Ainda em outubro de 1932 fora criada a Ação Integralista Brasileira (AIB), movimento inspirado no fascismo italiano que defendia um ideário nacionalista, antiliberal e anti-semita. A AIB tinha como chefe nacional Plínio Salgado e possuía seções em diversos estados do país, congregando elementos das camadas médias urbanas como intelectuais, em sua maioria católicos, profissionais liberais, funcionários públicos e militares. Seu lema era "Deus, Pátria e Família", e seus principais ideólogos eram Plínio Salgado, Gustavo Barroso e Miguel Reale.
Querendo demonstrar sua força política, os integralistas costumavam realizar grandes desfiles em que usavam uniformes que lhes valeram o apelido de "camisas-verdes". Nas manifestações de rua, os enfrentamentos com os comunistas eram uma constante. A oposição que os integralistas faziam ao regime Vargas era difusa. As críticas ao governo concentravam-se, sobretudo, no seu aspecto liberal.