faça um comentário sobre a vida nos engenhos abordando a relação entre os senhores de engenhó os trabalhadores livres.
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Resposta:
O universo dos trabalhadores dos engenhos foi abordado na década de 1970, em uma
perspectiva antropológica1
, por um grupo de pesquisadores do Museu Nacional. Um dos frutos
dessa iniciativa foi o livro de José Sérgio Leite Lopes, O vapor do diabo, de 1976, resultado de seu
mestrado. O desenvolvimento dessas pesquisas se deu em um momento de grande mobilização e
reivindicação por parte dos trabalhadores dos canaviais, na esteira da implantação do Estatuto do
Trabalhador Rural na década de 1960 e da atuação das organizações sindicais rurais.
Por nossa vez, delineamos o perfil dos trabalhadores da cana-de-açúcar, das décadas finais do
século XIX, a partir de processos judiciais de Ipojuca e Escada que registraram litígios ocorridos
dentro de engenhos entre os anos de 1885 e 1893. Nessa fonte, constam os nomes, o estado civil, a
idade, a naturalidade, a ocupação, por vezes a cor e a residência das pessoas envolvidas em
querelas. Mesmo com dados incompletos, os processos judiciais nos ajudaram em certa medida a
compor o perfil e as relações sociais estabelecidas pelos trabalhadores dos engenhos da Mata Sul de
Pernambuco. A nossa pesquisa e a desenvolvida pelos pesquisadores do Museu Nacional versam
sobre os trabalhadores dos engenhos, procurando observar as suas experiências no universo da
produção de açúcar, mas em temporalidades diferentes e acessando esses trabalhadores
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