• Matéria: Ed. Moral
  • Autor: Ursopanda2008
  • Perguntado 3 anos atrás

Muitos anos atrás, em um sítio afastado da cidade, uma humilde lavadora costumava recolher retalhos de cores

variadas e bem vistosas. Quando tinha retalhos suficientes, com a dedicação de quem gosta daquilo que faz

costurava-os um a um com um ponto pequeno, firme e adequado, unindo-os de tal forma que não havia risco de

se separarem e de o trabalho se desfazer.

Depois de muitos dias e várias semanas costurando retalhos, com suas mãos hábeis e delicadas, ela estendia a

peça sobre a cama de casal e sorria diante da obra de sua fé, confiança, auto-estima e dedicação.

Era uma colcha multicolorida que alegrava os olhos de toda a família e que pesava o suficiente para manterse na cama sem escorregar para o chão. Os retalhos, bem costurados, guardavam calor para o amor do casal. Era

como um cobertor, que abrigava para oferecer descanso, aquecia para dar energia e fazia adormecer para sonhar.

Perto desse sítio havia uma escola com um único professor, que tinha a responsabilidade de ensinar todas as

disciplinas. Ele não era especializado em nenhuma delas, mas preparava muito bem as aulas para cumprir com

eficiência o seu trabalho.

As pessoas, ao se referirem a ele, diziam que tinha uma mística, uma vocação e um modo estranho de

dinamizar a aprendizagem. Em matemática, ensinava a honestidade, dizendo que se deve aprender a fazer contas

e usar os números para não se enganar nem enganar ninguém.

Ensinava a multiplicar serviço, a somar cooperação, a subtrair má vontade e a dividir lucros e virtudes entre

todos. Associava a matemática com as disciplinas sociais, relacionando as operações ao tempo e ao espaço.

Fazia viagens geográficas pelo mundo e pela história ressaltando a bondade dos protagonistas. Valorizava não

só os inventores, os líderes e os generais, mas também os soldados, os indígenas, os comerciantes e os lavradores.

Ensinava a amar a arte, os artistas, as obras e os artesãos: mostrava a beleza da natureza e a relacionava com a

gratidão a Deus.

Unia a vida do universo com a do ser humano e com a de todas as criaturas na área das ciências naturais.

Por meio dos sinônimos, antônimos e conjugações, mostrava a importância da comunicação, quando expressa

com palavras elegantes, otimistas, delicadas, respeitosas e tolerantes.

Na área de desenho, deixava voar a imaginação com os símbolos que tivessem significado para a vida, a

família, a pátria, a identidade e o sentido de pertencer à mãe -Terra.

Acreditava na brincadeira e misturava-se aos alunos nos momentos lúdicos que enchiam a aprendizagem de

alegria e espontaneidade.

Era um professor que unia os valores a todas as disciplinas. Como à

camponesa que tecia retalhos, esse mestre costurava conhecimentos entre si

com um ponto que dava consistência a todos.

Como aquela mulher, ele tecia uma colcha que se transformava em

formação integral. Era uma educação única, que entusiasmava os alunos com

o dinamismo necessário para manter o interesse do grupo. Entre uma

disciplina e outra, a costura conseguia fazer com que a educação servisse para

a vida. Nenhuma disciplina era um retalho separado. Unidas, concentravam

calor, alegria e otimismo.

Era um professor que transmitia amor por seu trabalho. Para ele, lecionar

era um meio de formação holística. Compreendia que os valores não se

ensinam, mas sim integram-se ao trabalho, são vividos e sentidos.

A ética era uma costura com a qual ele tecia não só os conhecimentos, mas também seu próprio trabalho,

sendo consequente e dando o melhor de si.

Mais do que a mente, ele atingia o coração dos jovens.

1 - “Muitos anos atrás, em um sítio afastado da cidade, uma humilde lavradora costumava recolher retalhos.” A palavra destacada significa: a. ( ) arrogante b. ( ) orgulhosa c. ( ) modesta d. ( ) gananciosa​

Respostas

respondido por: danielplacco
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tçãomnc

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