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Resposta:
O artigo é um estudo sobre o imaginário religioso umbandista acerca da iniciação de
crianças que apresentam ou não capacidades mediúnicas latentes. Ele explora as variadas
posições de praticantes frente à experiência do transe religioso na infância. O objetivo não é
fazer uma discussão sobre transe e êxtase religioso na infância, mas delinear em que
medida as representações do imaginário umbandista se aproximam e se distanciam das
representações ocidentais sobre a infância e demonstrar como a religião constrói um lugar
para a criança a partir desses elementos simbólicos que nela interferem. Para tanto, utilizou-
se o método etnográfico que consiste em observação participante, entrevistas intensivas e
análises documentais junto a um grupo de umbandistas no Rio de Janeiro. Constata-se que
há uma série de contradições entre as concepções religiosas acerca de capacidades
espirituais inatas de crianças e a ideia de infância da sociedade contemporânea,
acarretando readequações na dinâmica do grupo.