Quais as regras do boxe feminino?
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O boxe é mais um exemplo de esporte antigo, com os primeiros registros de competições de pugilismo datando de 3000 A.C., como parte das festividades dos faraós.
Tão antigo que esteve presente já nas primeiras Olimpíadas, aquelas que aconteciam na cidade de Olímpia, na Grécia, sendo Onosmastos de Esmirna o primeiro campeão olímpico de boxe, ao vencer seus adversários no distante ano de 688 A.C.
Depois disso o esporte passou por um longo período de evolução, ganhando popularidade principalmente na Inglaterra do século XVII, onde as lutas passaram a ocorrer por dinheiro, gerando não apenas uma grande evolução técnica como também a preocupação em deixar o esporte mais organizado e menos violento.
Veio então a principal revolução na história do boxe, com as “Regras de Queensbery”, que estabeleceram o uso de luvas, a divisão por pesos e categorias, a duração de três minutos para os rounds e a criação do ringue com cordas, separando o público dos lutadores. Sim, antes as lutas eram feitas sem luvas, no meio do público, entre pessoas de tamanhos totalmente diferentes.
Com isso o esporte, que esteve presente nas primeiras Olimpíadas clássicas, garantiu sua entrada já na terceira edição dos jogos da era moderna, em St. Louis, nos Estados Unidos, em 1904, quando foi disputado em sete diferentes categorias de peso.
Ainda que muitos boxeadores, desde Muhammad Ali até Floyd Mayweather tenham conquistado sucesso no boxe olímpico e no profissional, as regras das duas competições possuem várias diferenças. O uso da proteção na cabeça, o menor número de rounds (três, contra até 12 nas lutas profissionais), e o sistema de pontuação, que valoriza mais os socos atingirem o adversário do que a violência do golpe, são algumas delas.
Mas se para os homens o boxe é um esporte tradicional desde o Egito Antigo, a trajetória do boxe feminino exigiu muita luta. Seja pela proibição em diversos países – na Inglaterra, até 1998, a federação de boxe se recusava a emitir autorizações para disputas femininas – seja pelo puro preconceito, o boxe feminino precisou superar várias barreiras.
Com isso as boxeadoras acabaram só entrando no ciclo olímpico durante o Pan-americano de 2011 e nas Olímpiadas de 2012, quando foram inseridas três categorias para mulheres, que atualmente se ampliaram para cinco.
Ainda que vá participar pela primeira vez de uma Olimpíada na edição de Tóquio, Bia Ferreira fez parte da preparação dos jogos anteriores, em 2016, através de um projeto de vivência em que jovens promissores de diversas modalidades puderam conviver com os atletas olímpicos que iriam disputar as provas.
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