seu tomé achava que tinha a sina de ser perseguido por lobisomem. à noite, na quaresma, não saía de casa e sempre, antes de dormir, certificava-se de que a casa estava bem fechada. Tinha receio de que aquela figura horrorosa o atacasse, pois sempre ouvia barulho que jurava ser de lobisomem, unhas deslizando pela parede e uivos estridentes. para ele o bicho queria entrar em sua casa, mas por precaução tinha colocado tramelas nas portas e janelas. pela fresta que havia embaixo da porta, uma vez chegou a ver a ponta do rabo dele. [...] contaram-lhe uma vez que um homem também tinha a mesma sina e que lhe ensinaram uma simpatia contra lobisomem. ele deveria permanecer sentado, à noite, ao redor do fogo, durante uma semana, queimando ervas aromáticas, deixando um punhal que tivesse sangrado um animal feroz cravado no chão, próximo ao fogo e que a última noite deveria coincidir com uma sexta-feira e que fosse de lua cheia.
e assim, durante uma semana, todas as noites, ficava sentado ao redor do fogo, queimando as ervas que, às vezes, davam-lhe enjoo, mas estava decidido, ia até o final. com medo, não se descuidava um minuto, porém.
[...] a partir desse dia o lobisomem não apareceu mais, a simpatia funcionou e seu tomé ficou livre da sina.
na primeira e na última linha do texto, o narrador utiliza o mesmo termo - "sina". para falar como a personagem, seu tomé, se sentia a respeito de lobisomem. que outra palavra poderia ser empregada em seu lugar, mantendo-se o mesmo sentido do texto?
a) infelicidade.
b) destino.
c) perigo.
d) natureza.
e) sensação.
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Resposta: B) Destino
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