O trabalho com textos multissemióticos objetiva a inserção de diferentes gêneros textuais em sala de aula, os quais utilizam diferentes formas de linguagem e utilizam múltiplos meios de divulgação da informação que não apenas o papel ou o livro. Dessa forma, muitas releituras têm sido publicadas, com novos olhares sobre textos canonizados. O trabalho com essas produções também deve ser valorizado no contexto da sala de aula. Pensando nisso, imagine que você é professor substituto da disciplina de Produção Textual I, em uma faculdade da sua cidade. Essa disciplina é ofertada para diferentes cursos: Letras, Jornalismo, História, Sociologia, entre outros. O objetivo da disciplina é aprimorar os conhecimentos e as habilidades dos alunos com relação à leitura, à interpretação e à produção de textos. Dessa forma, o seu orientador da disciplina indicou a seguinte leitura para ser utilizada na próxima semana: Descrição da imagem não disponível Dessa forma, o
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Este texto pode ser trabalhado de diferentes formas; um paralelo, por exemplo, entre o texto canônico (“original da Cinderela”) e esta proposta de reescrita do autor, Luis Nascimento Correia Lima, é uma forma de proporcionar um debate sobre a contextualização de produção das duas histórias e as propostas de cada uma delas.
Este é um texto do tipo narrativo, no qual o próprio gênero pode ser abordado em sala de aula. Pode-se propor um debate sobre temas emergentes na sociedade e que são retratados pelos dois textos de formas diversas. Por exemplo, o protagonismo da mulher ao longo do tempo; o espaço que a mulher vem conquistando em uma sociedade patriarcal e machista; o feminismo, etc. São temas complexos que podem gerar: debate, reflexão, releitura e escrita crítica.
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A partir das considerações do desafio, uma possibilidade de prática pedagógica pode seguir esta estrutura:
1. Pesquisa: os alunos pesquisam informações (textos) sobre educação no Brasil; o professor orienta para que a pesquisa apresente notícias, publicações oficiais, gráficos, infográficos, vídeos, etc.
2. Leitura e análise linguística e semiótica: selecionar alguns materiais e indicar a leitura/apresentação das informações em voz alta (o trabalho pode ser em grupo). Para essa apresentação, o professor pode esquematizar um roteiro com perguntas sobre educação, cujas respostas poderiam vir de pesquisas, contribuindo para a organização das informações.
3. Debate: mobilizar uma conversa com a turma sobre educação no Brasil; tratar de acesso, desigualdades, evasão, entre outros, e da importância da educação para o desenvolvimento humano.
4. Produção textual: a partir de pesquisas sobre educação, solicitar aos alunos que produzam textos em multimeios: gráfico, infográfico, áudio, vídeo, fotografias. A síntese também pode ser feita por meio de recursos que vão além da palavra escrita, como uma simulação de um debate ou programa de televisão, por exemplo.
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