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Imagine um vírus envelopado, com genoma feito de RNA, originário de morcegos e que, só este ano, já causou a morte de um número imenso de pessoas. Um vírus por trás de uma doença terrível, que faz os pacientes ficarem internados em UTIs e isolados da família e dos amigos. Pensou no coronavírus? Não desta vez: vamos falar do vírus da raiva.
Anualmente, 60 mil pessoas morrem de raiva no mundo todo e esse número pode estar cem vezes subestimado — o que daria ao redor de 6 milhões de vítimas! Mas onde estão todas essas vítimas e por que não vemos notícias sobre essa outra pandemia?
Quase todos os casos de raiva em humanos hoje ocorrem no continente africano e no subcontinente indiano, entre populações que não são atendidas de modo eficiente por programas de saúde. Além disso, as mortes são distribuídas ao longo de todo o ano, sem grupos de pessoas apresentando os sintomas simultaneamente.
Alguém exposto ao vírus da raiva pode levar de um mês até um ano para desenvolver sintomas, enquanto o vírus vai migrando até o cérebro. E é chegando lá que as manifestações da doença aparecem.