• Matéria: Português
  • Autor: pietr0o
  • Perguntado 3 anos atrás

Chega de Saudade

Vai minha tristeza

E diz a ela que sem ela não pode ser

Diz-lhe numa prece

Que ela regresse

Por que eu não posso mais sofrer

Chega de saudade

A realidade é que sem ela não há paz

Não há beleza é só tristeza e a melancolia

Que não sai de mim

Não sai de mim, não sai

Mas se ela voltar que coisa linda, que coisa louca

Pois há menos peixinhos a nadar no mar

Do que os beijinhos que eu darei na sua boca

Dentro dos meus braços os abraços

Hão de ser milhões de abraços apertado assim

Colado assim, calado assim

Abraços e beijinhos

E carinhos sem ter fim

Que é pra acabar com esse negócio

De você viver sem mim

Não há paz ,não há beleza é só tristeza e a melancolia

Que não sai de mim

Não sai de mim, não sai

Dentro dos meus braços os abraços

Hão de ser milhões de abraços apertado assim

Colado assim, calado assim

Abraços e beijinhos

E carinhos sem ter fim

Que é pra acabar com esse negócio

De você viver sem mim

Não quero mais esse negócio

De você longe de mim

Não quero mais esse negócio

De você viver sem mim

Fonte: LyricFind

Compositores: Vinicius De Moraes / Antonio Carlos Brasileiro De A Jobim

Letra de Chega De Saudade © Editora e Importadora Musical Fermata do Brasil Ltda., Tratore, Corcovado Music Corporation



a)O eu lírico que se expressa nos versos acima sofre por amor: Quem é o seu interlocutor?
b)Qual é a causa de seu sofrimento?

Respostas

respondido por: giordanastum0
0

Resposta:

Chega de Saudade é o desabafo de um sujeito lírico que está sofrendo com a falta da amada, da qual se separou. Personificando a tristeza, fala com ela e pede que vá procurar a mulher que ele ama e conte sobre o estado em que se encontra.

Implora que traga a namorada de volta porque, sem ela, o eu lírico entrou num estado de apatia, não sendo capaz de aproveitar a vida nem ver o lado bom das coisas.

Pelas suas palavras, percebemos que se sente preso nessa nostalgia, à qual parece condenado eternamente. Acredita, no entanto, que a salvação pode estar a caminho.

Segunda parte

Mas, se ela voltar

Que coisa linda, que coisa louca

Pois há menos peixinhos a nadar no mar

Do que os beijinhos que eu darei na sua boca

Dentro dos meus braços

Os abraços hão de ser milhões de abraços

Apertado assim, colado assim, calado assim

Abraços e beijinhos, e carinhos sem ter fim

Que é pra acabar com esse negócio de você viver sem mim

Começa, então, a fantasiar com a possibilidade de voltarem a estar juntos. Imaginando a felicidade futura, enumera aquilo que faria se tivesse a mulher amada do seu lado novamente.

Uma das características que fazem de Chega de Saudade uma canção como poucas é a notória delicadeza com que o sujeito lírico fala sobre rever o ser amado. Isso fica mais explícito, por exemplo, com o uso dos diminutivos ("peixinhos", "beijinhos").

Imagina, assim, o reencontro amoroso como um momento mágico, recebendo a apaixonada com beijos, abraços e "carinhos sem ter fim".

Terceira parte

Não quero mais esse negócio de você longe de mim

Vamos deixar desse negócio de você viver sem mim

No final da canção, o sujeito fala diretamente ela, repetindo que não está aguentando mais a separação. Deste modo, a música parece ser uma declaração de amor e, possivelmente, uma tentativa de recuperar a mulher de quem gosta.

Chega de Saudade e a Bossa Nova

Chega de Saudade é apontada como a música que iniciou a Bossa Nova, gênero musical brasileiro que surgiu na década de 50. Entre os criadores do movimento estava João Gilberto, acompanhado por Tom Jobim e Vinícius de Moraes, os compositores da canção.

Capa do disco Chega de Saudade, de 1959.

Capa do disco Chega de Saudade, de 1959.

Lançado no álbum homônimo, de 1959, o tema de destacava pelo modo como Gilberto cantava e pela batida que criou no seu violão. Era isso, afinal, que a Bossa Nova estava procurando: uma nova forma de cantar e tocar samba.

A gravação de João Gilberto foi, deste modo, a porta de entrada para um novo universo musical que acabou sendo celebrado pelo mundo inteiro.

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