• Matéria: Filosofia
  • Autor: vieiramonike18
  • Perguntado 3 anos atrás

Quais os problemas éticos contemporâneos citados por Peter Singer e como ele o descreve,questões (outras) que nao foram citadas pelo filosofo,mas que a elas podem e/ou devem ser associadas,como voce analisa a posição filosófica de Peter Singer.​

Respostas

respondido por: luciaedirceu5
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Resposta:

boa tarde espero ter ajudado coloque como melhor resposta

Explicação:

FRONTEIRAS 2013: 26 DE AGOSTO

Ele já foi chamado de "Dr. Morte","Herodes" e até de "nazista" por líderes de movimentos moralistas. Entretanto, o australiano Peter Singer é apenas um filósofo moral. Responsável pela cátedra de bioética na universidade americana de Princeton desde 1999 é autor de Ética Prática (Martins Fontes, 1994), Vida Ética (Ediouro, 2002), Libertação Animal (Lugano, 2004) e A Vida Que Podemos Salvar: Agir Agora Para Pôr Fim à Pobreza no Mundo (Gradiva, 2011). Em 26 de agosto, Peter Singer estará em Porto Alegre para o ciclo de palestra Fronteiras do Pensamento.

O filósofo não é chegado a frases de lugar-comum, eufemismos ou expressões edulcoradas, o que faz com que suas plateias ou leitores saiam realmente chocados. Sua doutrina parte do utilitarismo formulado, inicialmente, no final do século 18, pelo inglês Jeremy Bentham. Para essa corrente, o ato moralmente justo é sempre aquele que resulta num acréscimo da felicidade geral, em detrimento da dor. Para compreender melhor o pensamento do conferencista do Fronteiras do Pensamento convidamos o biólogo José Roberto Goldim, chefe do Serviço de Bioética do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e Professor Adjunto da Faculdade de Medicina da PUCRS, e o pesquisador Álvaro Montenegro Valls, professor do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Unisinos.

Quais as vantagens e as limitações de pensar uma "ética aplicada" para a contemporaneidade, como faz Peter Singer?

Álvaro Valls - Singer, em vez de partir de princípios abstratos/universais ou de uma perspectiva contratualista, propõe que respeitemos toda a vida senciente, isto é, que respeitemos os interesses daqueles seres que podem, mas não deveriam, sofrer. Esta perspectiva é muito respeitosa e digna, e não atenta contra a dignidade humana. Ao contrário, numa perspectiva que já encontramos em São Francisco de Assis, ele supõe que devemos respeitar também os animais, que muitas vezes são maltratados nas experiências científicas, nos circos e mesmo nas fazendas de criação confinada. Sua ética aplicada não perde tempo discutindo as questões tradicionais do sexo (como era comum ao moralismo de poucas décadas atrás), mas se prende às questões da preservação da vida em suas diversas dimensões.

José Goldim - Ao se debruçar corajosamente sobre problemas práticos e contundentes, de um modo que se aproxima ao da militância, sem perder o rigor filosófico, Peter Singer apresentou, desde a década de 1970, argumentos para uma fundamentação de questões até então não abordadas com esta intensidade e profundidade. Uma Ética Aplicada é uma tentativa de busca de justificativas filosóficas para questões práticas. A grande vantagem deste tipo de abordagem é a aproximação do pensamento filosófico de temas que dizem respeito à vida diária das pessoas.

Singer já provocou polêmica com afirmações de que o aborto, a eutanásia e o infanticídio são justificáveis sob certas circunstâncias. O que pensa sobre isso?

Álvaro Valls - Se quisermos captar seu pensamento num princípio genérico, podemos dizer que ele considera, ao repensar a vida e a morte, que deveríamos tentar respeitar tanto o desejo de muitos de viver quanto o desejo daqueles outros que preferem morrer. Mas o que costumamos fazer em geral é contraditório: defendemos que ninguém tem o direito de morrer, mas não ajudamos a sobreviver milhões de crianças subnutridas; falamos contra o aborto, mas não pensamos em adotar uma criança de rua (a mesma que escapou do aborto). Os bispos católicos condenam o aborto, mas quantos deles se empenham de fato em auxiliar as crianças de rua? Por outro lado, não é verdade que Singer ande por aí pregando o aborto e/ou o infanticídio. O que ele talvez queira dizer, traduzido em linguagem nossa, é que se o nascituro jamais terá uma vida realmente humana, vida de relação, vida racional, vida (por que não dizer?) espiritual, então não somos obrigados a levar a gestação até o fim. Cultura da morte quem tem é um presidente americano que resolve destruir por meio século outro país de milhões de habitantes, e não uma jovem grávida que não sabe encarar uma vida defeituosa que está para nascer e cuida de outros filhos.

José Goldim - As propostas de Peter Singer são polêmicas por que rompem com o senso comum. Abordar temas delicados como o aborto, o infanticídio e a eutanásia provoca inquietude nas pessoas e nas instituições, pois todos eles nos remetem à morte, à discussão sobre a


luciaedirceu5: medau coração e me ceque
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