ME AJUDEM E GANHE 15 PONTOS
A aliança
Luis Fernando Veríssimo
Ele estava voltando para casa como fazia, com
fidelidade rotineira, todos os dias à mesma hora. Um
homem dos seus 40 anos, [...], mas ainda pode
esperar algumas surpresas da vida, como ganhar no
loto ou furar-lhe um pneu. Furou-lhe um pneu.
Com dificuldade ele encostou o carro no meio-
fio e preparou-se para a batalha contra o macaco, [...]
conseguiu fazer o macaco funcionar, ergueu o carro,
trocou o pneu e já estava fechando o porta-malas
quando a sua aliança escorregou pelo dedo sujo de
óleo e caiu no chão. Ele deu um passo para pegar a
aliança do asfalto, mas sem querer a chutou. A
aliança bateu na roda de um carro que passava e voou
para um bueiro.
Limpou as mãos o melhor que pôde, entrou no
carro e seguiu para casa. Começou a pensar no que
diria para a mulher. Ele entrando em casa e
respondendo às perguntas da mulher antes de ela
fazê-las.
— Você não sabe o que me aconteceu!
— O quê?
— Uma coisa incrível.
— O quê?
— Contando ninguém acredita.
— Conta!
— Você não nota nada de diferente em mim?
Não está faltando nada?
— Não.
— Olhe.
E ele mostraria o dedo da aliança, sem a
aliança.
— O que aconteceu?
E ele contaria. Tudo, exatamente como
acontecera. [...]
— Que coisa – diria a mulher, calmamente.
— Não é difícil de acreditar?
— Não. É perfeitamente possível.
— Pois é. Eu...
— SEU CRETINO! [...]
— Eu sei onde está essa aliança. Perdida no
tapete felpudo de algum motel.
— Que fim levou a sua aliança? E ele disse:
— Tirei para namorar. Para fazer um programa.
E perdi no motel. Pronto. Não tenho desculpas. Se
você quiser encerrar nosso casamento agora, eu
compreenderei. [...]
Ela fez cara de choro. Depois correu para o
quarto e bateu com a porta. Dez minutos depois
reapareceu. Disse que aquilo significava uma crise
no casamento deles, mas que eles, com bom-senso, a
venceriam.
— O mais importante é que você não mentiu
pra mim.
E foi tratar do jantar.
1 - “Pronto. Não tenho desculpas. Se você quiser
encerrar nosso casamento agora, eu compreenderei.”
No trecho, a oração destacada revela que o
personagem
(A) opta pela mentira, pois sabia que a mulher jamais
acreditaria em sua história.
(B) opta em falar a verdade, pois sabia que a mulher
o entenderia.
(C) prefere manter-se indiferente, pois acreditava no
entendimento da mulher.
(D) prefere enganar a mulher, pois sabia que ela não
o questionaria.
(E) reforça uma crítica, omitindo a verdade para se
safar.
2 - SEU CRETINO!”
No trecho, a mulher manifesta
(A) carinho.
(B) paciência.
(C) repúdio.
(D) apreço.
(E) nervosismo.
3 - Não. É perfeitamente possível.”
O trecho destacado manifesta uma confirmação,
porém, indicando uma intenção contrária que visa
(A) exagerar sua revolta mediante a situação.
(B) amenizar e entender a situação de forma calma.
(C) sugerir a satisfação da convivência.
(D) ironizar as declarações da situação relatada.
(E) contradizer seu pensamento sobre a situação.
4 - conseguiu fazer o macaco funcionar, ergueu
o carro.”
No trecho, o nome impróprio atribuído a essa
ferramenta para troca do pneu denomina-se uma
(A) metáfora
(B) catacrese.
(C) metonímia
(D) hipérbole.
(E) elipse.
5 - TEXTO II
Leia o texto, a seguir, e responda aos itens 07, 08 e
09.
Como comecei a escrever
Carlos Drummond de Andrade
Aí por volta de 1910 não havia rádio nem
televisão, e o cinema chegava ao interior do Brasil
uma vez por semana aos domingos. As notícias do
mundo vinham pelo jornal, três dias depois de
publicadas no Rio de Janeiro. [...]
Papai era assinante da Gazeta de Notícias, e
antes de aprender a ler eu me sentia fascinado pelas
gravuras coloridas do suplemento de Domingo.
Tentava decifrar o mistério das letras em redor das
figuras, e mamãe me ajudava nisso. Quando fui para
a escola pública, já tinha a noção vaga de um
universo de palavras que era preciso conquistar.
Durante o curso, minhas professoras
costumavam passar exercícios de redação. Cada um
de nós tinha de escrever uma carta, narrar um
passeio, coisas assim. Criei gosto por esse dever [...].
Daí por diante as experiências foram se
acumulando, sem que eu percebesse que estava
descobrindo a leitura. [...] outros rapazes que
também gostavam de ler e escrever.
Então começou uma fase muito boa de troca de
experiências e impressões. [...] eu tirava do bolso o
que escrevera durante o dia, e meus colegas
criticavam. Eles também sacavam seus escritos, e eu
tomava parte nos comentários. Tudo com
naturalidade e franqueza. Aprendi muito com os
amigos, e tenho pena dos jovens de hoje que não
desfrutam desse tipo de amizade crítica.
6 - O texto “Como comecei a escrever” trata-se de um
gênero textual que
(A) convence como tornar-se um escritor –
anúncio.
(B) descreve vivências e emoções do escritor –
relato.
(C) argumenta a respeito da escrita – artigo de
opinião.
(D) aborda a história de um aprendiz – reportagem.
(E) opina sobre a vida de um aprendiz – resenha.
Respostas
respondido por:
14
Resposta:
estou fazendo estas atividades agora creio que a resposta seja estas:
1-A
2-E
3-B
4-B
6-B
poderia colocar como melhor resposta por favor iria me ajudar muito.
anaclara99100:
Ta tudo errado
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