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Baseado (bem livremente) na série de livros de terror de R.L. Stine (o mesmo autor de Goosebumps), o filme é dirigido e escrito por Leigh Janiak, que já havia trabalhado na série de TV Scream -- baseada nos filmes da série Pânico. Não por acaso, esta é uma das grandes referências da nova produção da Netflix. A história de Rua do Medo: 1994 se passa em Shadyside, cidadezinha assombrada por massacres e tragédias que muitos de seus moradores atribuem a uma maldição lançada, séculos antes, por uma bruxa. E é claro que um grupo de adolescentes acaba mais envolvido do que gostaria com os acontecimentos sinistros da cidade. A história demora a engatar. Entre tensões sociais, romances que deram errado e momentos muito expositivos sobre a história da cidade, o filme só vai começar a mostrar a que veio mesmo depois de cerca de meia hora, quando a ação começa de fato. A partir daí, cumpre o que promete: há muito sangue e planos mirabolantes, com alguns intervalos dedicados a cenas de pegação e alívio cômico. Quem veio pelo gore, porém, talvez se decepcione, já que ele fica reservado a momentos pontuais no terceiro ato do filme. E temos que reconhecer: Janiak fez uma boa escolha ao colocar no centro de sua história um casal LGBTQIA+, subvertendo clichês do gênero. Parte de uma homenagem bem-sucedida, afinal, é também saber quando e como mexer nas regras do jogo.