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Brasil esteve, nas décadas de 1950 e 1960, num espaço de tempo onde se definiram os caminhos de uma arquitetura moderna e nacional, inspirada nos princípios do "racionalismo" de Le Corbusier. Esse modernismo determinou mudanças drásticas na paisagem urbana que propiciaram avanços radicais na estética e na técnica de construção, quando predominou o concreto armado, o aço, o vidro, linhas e formas geométricas simples e puras, devido à desornamentação da arquitetura, num processo coroado pela construção de Brasília (1957-1960). Com o plano piloto de Lúcio Costa e os projetos de Oscar Niemeyer, a Arquitetura Moderna se instaura, constituindo-se num ambiente brasileiro.
Nesse contexto racionalista, havia também o movimento artístico vanguardista definido como Concretismo, inicialmente na música e depois na poesia e nas artes plásticas. Em 1951, a 1ª Bienal Internacional de São Paulo abre as portas do país para as novas tendências. Em 1956, o Concretismo se instaura no Brasil com a exposição Nacional de Arte Concreta, no Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Ao lado de outras manifestações culturais que começavam a se impor nesse momento histórico (a televisão, o rock and roll, entre outros) nasce, na capital fluminense, o movimento da Bossa Nova, que se associa ao crescimento urbano brasileiro - impulsionado pela fase desenvolvimentista da presidência de Juscelino Kubitschek (1955-1960). Esse movimento lança, em 1958, um compacto simples do violonista baiano João Gilberto (considerado o papa do movimento), contendo a canção Chega de Saudade (Tom Jobim e Vinícius de Moraes). De início, o termo Bossa Nova era apenas relativo a um novo modo de cantar e tocar samba naquela época. Todavia, anos depois, tornar-se-ia um dos gêneros musicais brasileiros mais conhecidos em todo o mundo, especialmente associado a João Gilberto, Vinícius de Moraes e Antonio Carlos Jobim.