como eram feitos os efeitos especiais e edição de filmes antigamente nos filmes se não tinha tecnologia e computador em?
Respostas
Resposta:
O cinema é certamente um dos meios de entretenimento mais populares do planeta. Além de constituir uma indústria que gira bilhões de dólares todos os anos, os filmes também podem ser criações artísticas que renderam à categoria o título de “Sétima Arte”. Sem dúvida alguma, a produção das películas marcou profundamente a sociedade humana durante o século XX e continua através do século XXI.
Independentemente do tipo de filme que você gosta, todo mundo sabe a importância dos efeitos especiais no cinema. E por efeitos especiais, não falamos apenas nas dezenas de milhares de soldados e orcs em obras como “O Senhor dos Anéis: o Retorno do Rei” ou nas batalhas espaciais da franquia Star Wars, mas sim em viabilizar quaisquer situações que “enganem” a audiência e mostrem nas telonas – e hoje em dia telas e telinhas
A aclamada estreia
Uma atriz fazendo o papel da monarca condenada se aproxima do carrasco, coloca sua cabeça sobre o bloco de execução e, nesse momento, a câmera para de filmar
Para começarmos a entender melhor o trajeto e a evolução dos efeitos especiais no cinema, é bom saber que existem vários tipos deles, cada um com sua aplicação específica, e que as tecnologias envolvidas com eles mudaram bastante com o passar do tempo. Uma coisa, porém, não podemos esquecer: efeitos especiais não são apenas imagens geradas por computador – ou grande explosões –, mas sim qualquer artimanha usada para criar uma “realidade” que só vai existir na visão de quem assiste.
Foi em 1895 que o primeiro efeito especial do cinema chegou aos olhos do público. Nesse fim de século XIX, os filmes estavam ainda engatinhando – tratava-se de uma tecnologia completamente nova e, em alguns casos, até um pouco assustadora para certas pessoas, que ficavam impressionadas com aquelas imagens em movimento. Tudo aconteceu no curtíssimo filme “The Execution of Mary Stuart”, que nos dias de hoje poderia até ser chamado de GIF com seus apenas 18 segundos.
Cortem as cabeças!
Nessa película, dirigida pelo diretor Alfred Clark e produzido por ninguém menos que o famoso inventor Thomas Edison, os espectadores puderam testemunhar a encenação da decapitação da rainha Maria da Escócia. No filme, uma atriz fazendo o papel da monarca condenada se aproxima do carrasco, coloca sua cabeça sobre o bloco de execução e, nesse momento, a câmera para de filmar, os atores figurantes e o carrasco ficam imóveis e a atriz é substituída por um boneco representando a rainha.
Não é tudo a mesma coisa
Efeitos ópticos ou fotográficos envolvem técnicas de posicionamento de câmera, de iluminação e de filtros que criam as ilusões necessárias para gerar a “magia” do cinema
Quando falamos de efeitos especiais, devemos dividir a prática em duas principais, especialmente com a ascensão relativamente recente dos filmes digitais: existem os chamados efeitos visuais, que são aqueles feitos sempre em pós-produção, ou seja, após as filmagens terem sido encerradas. Nessa fase, elementos virtuais são adicionados às cenas registradas por meio de computadores, algo bastante comum nas produções hollywoodianas atuais.
A outra parte são os efeitos especiais em si, que por sua vez também se subdividem em duas categorias: efeitos mecânicos, físicos ou práticos são aqueles realizados durante as filmagens e usam dispositivos mecânicos que interagem com a cena. É o caso de cenários, modelos em miniatura, maquetes, bonecos animados e abrangem também maquiagem e o uso de próteses para alterar a aparência de atores.
Miniaturas de naves espaciais foram usadas nas filmagens de "Star Wars"
A segunda categoria dos efeitos especiais são os efeitos ópticos ou fotográficos, que podem ser usados durante as filmagens ou também na pós-produção, e envolvem técnicas de posicionamento de câmera, de iluminação e de filtros que criam as ilusões necessárias para gerar a “magia” do cinema e levar aos espectadores histórias que ultrapassam os limites do realismo.
Truques de perspectiva de câmera davam a impressão que o ator Harold Lloyd estava realmente pendurado em um alto prédio no filme "O Homem Mosca", de 1923
A importância para o cinema
O reconhecimento da importância dos efeitos especiais aconteceu cedo na história do cinema: em 1928, no jantar inaugural da Academy of Motion Picture Arts and Sciencies, a instituição que criou nada menos que a premiação do Oscar, deu ao primeiríssimo vencedor de melhor filme (o drama “Asas”, sobre a I Guerra Mundial) uma placa de “Melhor Efeitos de Engenharia”, quase como uma parabenização extra pelo feito.
Porém, só 10 anos depois, em 1938, a Academia agraciou a Paramount com um prêmio extraordinário de efeitos especiais pelo filme “Lobos do Norte”, do diretor Henry Hathaway. No ano seguinte, a honraria se tornou uma categoria fixa no Oscar com o nome de “Melhores efeitos especiais” e levava em conta também aplicações de áudio. A partir de 1964 as partes visual e auditiva foram separadas e continua assim até os dias de hoje