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resposta No século XVII a Holanda invadiu o Brasil, mais precisamente Pernambuco. O conde Mauricio de Nassau trouxe em sua comitiva um pequeno grupo de artistas para retrataram o novo mundo para os europeus verem – ou melhor, para retratar a “nova Holanda”. Os principais artistas desse grupo foram Frans Post e Albert Eckhout.
Frans Post ficou encarregado de registrar as paisagens pernambucanas. Seus quadros serviriam como cartões postais, fotografias jornalísticas. Cabia a esse artista ser fiel ao que via para que, lá na Holanda, todos soubessem como era a nova colônia.
Albert Eckhout ficou encarregado de registrar os tipos etnicos. Os holandeses tinham se deparado com uma realidade muito diferente da européia, já que aqui a mistura entre europeus, índios e negros tinham gerado vários tipos diferentes: mulatos, mamelucos e cafusos. Eckhout também se interessava pela flora brasileira e fez vários quadros onde esse elemento era enfatizado – seja em seus retratos etinicos, seja em suas naturezas-mortas.
É importante lembrarmos que trata-se do século XVII e de holandeses. Nessa época, na Holanda, tinhamos o Barroco (os principais artistas holandeses dessa época eram Rembrant e Vermeer), com características específicas.
Além dos efeitos de luz e sombra e da composição desequilibrada – características que também percebemos no Barroco italiano, temos quadros amarelados, com cores terrosas e escuros. Parece que falta luz!
Também precisamos lembrar que na Holanda, a reforma protestante bem forte e, por isso, a contra-reforma não conseguiu levar ao país o Barroco católico. O Barroco holandês traz como principal tema a vida cotidiana – resquício do humanismo da época do Renascimento.