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Pero Vaz de Caminha foi um escrivão português, autor da carta, que relatou ao Rei Dom Manuel a chegada ao Brasil da esquadra comandada por Pedro Álvares Cabral, em 1500.
Pero Vaz de Caminha nasceu em Porto, Portugal, no ano de 1450. Filho de Vasco Fernandes de Caminha, cavaleiro do Duque de Bragança. Antigo vereador da cidade do Porto, homem letrado, herdou do pai o cargo de mestre da balança da Casa da Moeda, com a função de tesoureiro e escrivão. Casou-se com Dona Catarina e teve uma filha, Isabel Caminha. Foi nomeado escrivão da esquadra de Pedro Álvares Cabral que iria estabelecer uma feitoria fortificando o domínio português em Calicute, na Índia, grande centro das especiarias.
No dia 9 de março de 1500, partia de Lisboa, rumo à Índia, a maior esquadra que Portugal já teria organizado até então, com 13 navios e aproximadamente 1500 homens, entre eles, o escrivão Pero Vaz de Caminha. Afastando-se da costa africana, para evitar as perigosas calmarias do golfo de Guiné que paralisavam os navios de vela, ou obedecendo à instrução secreta do rei Dom Manuel, no sentido de reconhecer e explorar a faixa de terra que caberia a Portugal na América, pelo tratado de Tordesilhas, não tardou para se avistar sinais de terra, como aves e vegetação marinha. No dia 22 de abril foi avistado um monte e confirmando a existência das terras.
Pero Vaz de Caminha narrou em carta dirigida ao Rei Dom Manuel todos os acontecimentos ocorridos no descobrimento de novas terras. Em um trecho Caminha conta: “Junto à boca do rio, vinte homens pardos se aproximam do escaler, todos nus, sem nenhuma veste que lhes cobrisse as vergonhas”. E assim os descreve: “A feição deles é serem pardos, avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Traziam os beiços de baixo furados e, metidos por eles ossos”.
Sobre a terra descreve: “Esta terra, Senhor, me parece que da ponta que mais contra o sul vimos até a outra ponta que contra o norte vem, nós deste porto houvermos visto, será tamanha que haverá nela bem vinte ou vinte e cinco léguas por costa. Nela, até agora não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro”. De ponta a ponta, é tudo cheio de grandes arvoredos. As águas são muitas, infindas. Querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem das águas que tem.”
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Bons estudos
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Ass: Princesa do Hugo ʕ •ᴥ• ʔ