7)O texto abaixo, de John Locke (1632-1704), revela algumas características de uma determinada corrente de pensamento:
Se o homem n estado de natureza é tão livre conforme dissemos, se é senhor absoluto da sua própria pessoa e posses, igual ao maior e a ninguém sujeito, por que abrirá ele mão dessa liberdade, por que abandonará o seu império e sujeitar-se-á ao domínio e controle de qualquer outro poder? Ao que é óbvio responder que, embora no estado de natureza tenha tal direito, a utilização do mesmo é muito incerta e está constantemente exposta à invasão de terceiros porque, sendo todos senhores tanto quanto ele, todo o homem igual a ele e, na maior parte, pouco observadores da equidade e da justiça, o proveito da propriedade que possui nesse estado é muito inseguro e muito arriscado. Estas circunstâncias obrigam-no a abandonar uma condição que, embora livre, está cheia de temores e perigos constantes: e não é sem razão que procura de boa vontade juntar-se em sociedade com outros que estão unidos, ou pretendem unir-se para a mútua conservação da vida, da liberdade e dos bens a que chama de propriedade.
Do ponto de vista político, podemos considerar o texto como uma tentativa de justificar:
a) A existência do governo como uma propriedade do rei.
b) A origem do governo como um poder oriundo da natureza.
c) O absolutismo monárquico como um imposição a natureza humana.
d) A origem do governo como uma proteção à vida, aos bens e aos direitos.
Respostas
Resposta:
Alternativa D
Explicação:
John Locke propõe que o governo viria como um meio amparador dos direitos do cidadão(proteção à vida, aos bens e aos direitos), sendo algo que pudéssemos recorrer caso estes direitos fossem feridos.
Resposta:
Alternativa E.
Explicação:
Locke era um pensador fundamentalmente liberal na medida que defendia os direitos naturais (liberdade de expressão, de iniciativa e direitos à propriedade privada) como fundamentais em toda e qualquer sociedade.
Era um crítico do modelo político absolutista (chegando a argumentar em favor da decapitação de soberanos cruéis e impopulares), defendendo ao contrário um modelo idealizado de República, no qual todas as leis e decisões passariam pela análise e crivo de todos os cidadãos.