• Matéria: História
  • Autor: jessicaazebedi
  • Perguntado 3 anos atrás

2. Como era o alistamento dos indígenas na guerra. Explique.

Respostas

respondido por: Nerynha1julia1
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Resposta:

Os indígenas da região do Chaco foram convocados a participarem do conflito e lutaram ao lado de não índios na disputa pela navegação, conviveram com violência, suportaram desrespeito e diversas humilhações, ao decorrer a mais devastadora violência na América do Sul.

Durante o conflito da Guerra do Paraguai, os índios se comprometeram em defender o Império do Brasil, quando em 1864 o território na região dos rios Apa e Blanco foi ocupado por paraguaios, terraque pertenciam aos Guaicurus, Kadiweus e Mbayás, o qual era reivindicado pelo Brasil e Paraguai.

Provenientes da região do Chaco, os índios que lutaram na Guerra do Paraguai do lado brasileiro, tinham o rio como ponto de referência daquela sociedade.

Os Guaranis eram um dos povos que habitavam as margens do rio Paraguai. Entre eles e os distintos habitantes do Chaco sucediam frequentemente conflitos destes povos com os demais moradores do Chaco, ainda antes da vinda dos espanhóis, no século XVI.

Carvalho em sua obra produzida em 2002 escreve acerca deste conflito: “esta inimizade entre as tribos Guaicurus e Guarani aparece, desde o início da colonização, como um fator complicador das relações que se estabelecem com os conquistadores” (CARVALHO, Apud CUNHA, 2002, p. 464).

O território mato-grossense foi bravamente defendido por indígenas Guarani, Guaicurus, Kadiweus e Mbayás, sob as ordens de militares do Império. Sua proteção foi importante para a sociedade, tornando-os assim integrantes convocados para agir nos combates. Por conhecerem todo o território os índios Guaicurus e Guaranieram vistos como sabedores da região conduziram os fugitivos brasileiros pelas serras e facilitaram as condições de sobrevivência durante a guerra, estando com os brasileiros do inicio ao fim do conflito.

Alguns fatos que ocorriam entre Paraguai e Bolívia eram relatados pelos índios às autoridades brasileiras, na disputa pelo contorno das fronteiras. Além disso, os índios eram utilizados, compondo os quadros do exército brasileiro e no transporte de pessoas e cargas pelo rio Paraguai.

Rosely Batista Miranda de Almeida[5]fala no seu texto de bravos guerreirosao falar da participação dos índios na Guerra do Paraguai, que muitas vezes foram levados a força para a guerra.

Entre os índios havia voluntários, mas grande parte deles era levada à força para o campo de batalha. O que se consideraria hoje uma grave infração aos direitos individuais, era comum na época. Em geral, o recrutamento compulsório incidia sobre indígenas, negros, forros ou escravos, e homens desocupados em condições de lutar – todos representantes das camadas “inferiores” da população. A prática do recrutamento forçado não era tranqüila. Existe o registro da atitude de um velho índio Guaná chamado Braz, que teve dois filhos menores, Ricardo e José, recrutados contra a sua vontade. Ele se apresentou ao general Alexandre Manoel Albino de Carvalho, presidente da Província de Mato Grosso, em julho de l865, para exprimir suas queixas. Segundo alegou o ancião, eram Ricardo e José que o ajudavam a manter-se na velhice e além disso, um outro filho já participava da guerra, como soldado no Exército imperial (ALMEIDA, 2008).

O recrutamento indígena para guerra foi realizada de uma maneira voluntária e ao mesmo tempo forçosa sendo uma convocação onde muitos não tiveram a oportunidade de escolher ir ou não para combate, assim como a autora traz à tona o caso do índio ancião que teve seus dois filhos menores convocados para a guerra sem seu consentimento.

Na citação acima o velho índio ousou a tática de reclamar como seu filho já estivesse guerreando no exército imperial seus demais filhos não podiam entrar na guerra declarando ao general que seus filhos o ajudavam a viver. Estando, já idoso, não tinha condições de prover suas necessidades sozinho e precisava de um apoio na velhice.

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