Afogamento é a dificuldade respiratória causada pela aspiração de líquido por submersão ou imersão. É um quadro grave que pode levar a vítima à parada cardiorrespiratória e ao estado de choque.
Veja o caso a seguir:
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1 - Qual a sua primeira ação ao iniciar as manobras de primeiros socorros?
2 - Familiares relatam que o menino está há mais de 30 minutos sem reponder. Qual sua atitude?
3 - Diga como deve ser feita a RCP em casos como esse.
Respostas
Resposta:
01- tentar prestar socorro sem entrar na água, e pedir ajuda.
02- Assim que remover a pessoa da água, verifique a sua respiração, observando os movimentos do tórax, escutando o som do ar saindo pelo nariz e sentindo o ar que sai também pelo nariz. Se ela estiver respirando, você deve posicioná-la na posição lateral de segurança até a chegada da ambulância particular ou do corpo de bombeiros. Por outro lado, se a pessoa não estiver respirando, significa que ela ficou muito tempo submersa e pode estar com o quadro de hipoxemia – quando a pele fica roxa, ocorre perda de consciência e uma parada cardiorrespiratória. Caso isso ocorra, antes da equipe médica chegar, é fundamental iniciar o atendimento por meio da permeabilização das vias aéreas.
03- A mais importante intervenção no tratamento do afogado é o imediato fornecimento de ventilação(se isto não foi feito ainda dentro da água) .
Explicação:
Padrão de resposta esperado
1 - Checa a respiração e se há atividade cardíaca. Se negativo, inicia as manobras de RCP imediatamente.
2 - Mantém as medidas de suporte básico de vida, pois ainda há chance de reverter o caso.
3 - Em casos como esse, as manobras de ressuscitação cardiopulmonar devem ser feitas da seguinte forma:
Com dois dedos, indicador e médio, cheque se há pulso carotídeo. Se negativo, retire os dois dedos do queixo e passe-os pelo abdômen, localizando o encontro das duas últimas costelas. Marque dois dedos, coloque uma mão no tórax, a outra mão sobre a primeira e inicie 30 compressões cardíacas externas.
Cada compressão deve ter, no mínimo, 5 centímetros de afundamento do tórax, garantindo o retorno completo do deste antes de se iniciar uma nova compressão.
A velocidade das compressões deve ser de, no mínimo, 100 movimentos em 60 segundos.
Se a vítima for criança, utilize apenas uma mão para a realização das compressões.
Mantenha alternando 2 ventilações e 30 compressões e não pare até que:
- haja resposta e a respiração e os batimentos cardíacos retornem;
- você entregue o afogado a uma equipe médica;
- você fique exausto.
Após os primeiros 4 ciclos completos de compressão e ventilação, reavalie a ventilação e os sinais de circulação. Se ausentes, prossiga a RCP e interrompa-a para nova reavaliação a cada 2 minutos ou 4 ciclos. Assim, durante a RCP, fique atento e verifique periodicamente se o afogado está ou não respondendo, o que será importante na decisão de parar ou prosseguir com as manobras. Sempre que possível, realize a RCP com outro socorrista, alternando o que realiza as compressões torácicas a cada 2 minutos.
A RCP deve ser realizada, de preferência, no local do afogamento, pois é onde a vítima terá a maior chance de sucesso. Nos casos do retorno das funções cardíaca e respiratória, acompanhe a vítima com muita atenção, durante os primeiros 30 minutos, até a chegada da equipe médica, pois ainda não está fora de risco de uma nova parada cardiorrespiratória. Nos casos onde não houver efetividade da manobra de ventilação boca a boca, refaça a hiperextensão do pescoço e tente novamente.
O ar atmosférico é uma mistura gasosa que apresenta cerca de 21% de O2 em sua composição. Em cada movimento respiratório, gastamos cerca de 4% desse total, restando 17% de O2 no ar expirado pelo socorrista. Essa quantidade de O2 é suficiente para a ventilação boca a boca ser considerada o mais eficiente método em ventilação artificial de emergência.
Você deve ter em mente que o tempo é fator fundamental para um bom resultado na RCP, e os casos de afogamento apresentam uma grande tolerância à falta de oxigênio, o que nos estimula a tentar a RCP além do limite estabelecido para outras patologias.