9) Sobre a dimensão cultural do humano, considere o texto a seguir: O trabalho, ao mesmo tempo que transforma a natureza, adaptando-a às necessidades humanas, altera o próprio homem, desenvolvendo suas faculdades. (ARANHA, Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à Filosofia. São Paulo, Moderna, 1993, p. 5. ) No âmbito da cultura, o trabalho tem valor substancial no processo formativo do ser humano. Sobre esse assunto, é CORRETO afirmar que:
a) O trabalho é a atividade humana por excelência, tendo valor irrisório no processo formativo.
b) A dimensão cultural do humano exime-se do valor do trabalho.
c) O trabalho prende-se ao simples valor de transformação da natureza.
d) Na condição humana, está isento o valor do trabalho.
e) No âmbito do processo de humanização, o trabalho é condição de superação dos determinismos.
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Respostas
Resposta: a resposta correta é: no âmbito do processo de humanização, o trabalho é condição de superação dos determinismos.
Explicação: acertei essa questão na minha prova
O trabalho é uma forma de superação dos determinismos, pois em um primeiro momento a natureza se apresenta como único destino (determinismo). É uma forma de transformação da liberdade humana. Letra E está correta.
O trabalho para a Filosofia:
A cultura é fruto da capacidade humana de simbolizar e a natureza é modificada pelo trabalho. O trabalho foi responsável por criar instituições como a família, a escola, e obras de pensamento como os mitos, a arte e a filosofia.
O trabalho modifica a percepção humana e constrói a subjetividade humana. Porém, o trabalho não tem esse caráter quando as pessoas são obrigadas a viver do trabalho, relações de exploração e da alienação.
Essa visão acerca do trabalho humano, surge com a ascensão da burguesia e de seus ideais.
Na Grécia Antiga, o trabalho era visto como uma tarefa inferior ao ócio. Os indivíduos mais importantes estavam ligados à tarefas ligadas ao pensamento.
Até o fim da Idade Média, a riqueza estava ligada à posse de terras.
Com a ascensão da burguesia, a técnica passa a ser valorizada, ligada às atividades burguesas.
Os filósofos modernos destacavam que a ciência e a técnica eram capazes de dominar a natureza.
No século XVIII, Rousseau começa a pensar sobre a dicotomia entre concepção e execução do trabalho. Ele afirma que as desigualdades são resultado da propriedade privada.
No século XIX, Marx retoma a temática da exploração do trabalho. Ele forma com o conceito de alienação do trabalho, quando o produto do trabalho não pertence a quem o produziu. Isso ocorre, pois na sociedade capitalista predomina o valor de mercado e o lucro.
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