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Governar
Os garotos da rua resolveram brincar de governo, escolheram o presidente e pediram-lhe que governasse para o bem de todos.
— Pois não — aceitou Martim. — Daqui por diante vocês farão meus exercícios escolares e eu assino. Clóvis e mais dois de vocês formarão a minha segurança. Januário será meu ministro da Fazenda e pagará o meu lanche.
— Com que dinheiro? — atalhou Januário.
— Cada um de vocês contribuirá com um cruzeiro por dia para a caixinha do governo.
— E que é que nós lucramos com isso? — perguntaram em coro.
— Lucram a certeza de que têm um bom presidente. Eu separo as brigas, distribuo tarefas, trato de igual para igual com os professores. Vocês obedecem, democraticamente.
— Assim não vale. O presidente deve ser nosso servidor, ou pelo menos saber que todos somos iguais a ele. Queremos vantagens.
— Eu sou o presidente e não posso ser igual a vocês, que são presididos. Se exigirem coisas de mim, serão multados e perderão o direito de participar da minha comitiva nas festas. Pensam que ser presidente é moleza? Já estou sentindo como este cargo é cheio de espinhos.
Foi deposto, e dissolvida a República.
DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos. Governar. In: Contos plausíveis. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
Disponível em: . Acesso em: 23 ago. 2019.
a. No decorrer do conto, qual é o entendimento do presidente Martim sobre a ação de governar?
b. Qual é o entendimento dos demais garotos sobre ser governado?
c. Identifique no conto e escreva com suas palavras posturas que se aproximam e se distanciam dos ideais da república romana na Antiguidade.
d. Elabore um cartaz usando imagens (desenhos, colagens, fotos, etc.) e textos de sua autoria com exemplos do cotidiano dos cidadãos da atualidade (governados e governantes) que sejam condizentes com os princípios republicanos.
Respostas
respondido por:
2
Desculpa eu não sei,tbm tô procurando essa questão
Explicação:
VioletUwU:
GABARITO
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