Leia a seguir um trecho da carta de Pero Vaz de Caminha. Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque, a estender olhos, não podíamos ver senão terra com arvoredos, que nos parecia muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber se haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares, assim frios e temperados, como os de Entre Doiro e Minho, porque neste tempo de agora os achávamos como os de lá. Aguas são muitas; infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem das águas que tem. Porém o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será alvar esta gente. E este deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar. MARQUES, Adhemar; BERUTTI, Flávio; FARIA, Ricardo. História moderna através de textos. São Paulo: Contexto, 2014. P. 69-70. (Coleção Textos e Documentos) v. 3. No relato, pode-se verificar um dos objetivos mercantilistas de Portugal com a sua chegada à América. Esse objetivo era A converter os indígenas ao cristianismo; B encontrar metais preciosos; C levar a civilização europeia até outros continentes; D iniciar uma produção agrícola nas férteis terras brasileiras; E obter desenvolvimento científico com as descobertas do Novo Mundo.
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