• Matéria: ENEM
  • Autor: bento90
  • Perguntado 3 anos atrás

Produza uma redação com o tema "Os desafios para mudança na cultura de adoção no Brasil"​

Respostas

respondido por: dudadudinha1439
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Resposta:

Os abrigos infantis estão cheios de contos trágicos, a alta demanda de crianças e adolescentes que foram vítimas dos mais variados casos de violência e abandono cresce gradualmente. Tomando-se por base países de baixa renda como sul africano, notamos um número crescente de crianças e adolescentes sem abrigo, seja por causa da violência, fome e principalmente o alastramento de doenças. Os quais os responsáveis optam por deixarem seus filhos em abrigos e orfanatos em busca de uma possível vida melhor para tais. Entretanto o processo de adoção é demorado, pois além da burocracia em se inscrever no CNA (Cadastro Nacional de Adoção) as exigências dos então candidatos de preferirem uma pequena parcela de crianças, dificulta pra que outras centenas de crianças consigam um lar.

Se tratando de uma proporção nacional, o Brasil sustenta cerca de cinco mil crianças que estão morando em orfanatos e abrigos. Por outro lado, existem 45 mil possíveis candidatos a adoção, este número seria mais que proporcional a quantidade de crianças na fila de adoção. Entretanto mais uma vez a etnia é uma preferencia, 80% das famílias candidatas preferem crianças brancas e menores de dois anos, além dessa opção fazer com que nos questionamos o quanto ainda existe uma espécie de preconceito em nossas mentes, pois por mais que se trate de uma criança sem lar, o quesito de cor ainda pesa no nosso histórico.

Além de uma preferencia restrita, a idealização de uma criança perfeita faz com que muitas sejam devolvidas por não alcançarem a expectativa dos pais, para que esta solucione os problemas dos adultos ou para que se encaixe na estrutura familiar oferecida. Por isso a existência da vara da infância e juventude, que analisa e classifica se a família esta realmente preparada apta a adoção, visto que antes da sentença de tal, a lei exige que se cumpra um estágio de convivência entre a criança ou adolescente e os adotantes, por um prazo fixado pelo juiz.

Observando tal cenário nota-se que autoridades governamentais devem agir com o propósito de erradicar a fome de famílias mais carentes, proporcionando a elas opções para seus filhos estruturas como escolas e amparo médico a possíveis doenças. Se tratando dos indivíduos já presentes em instituições de abrigo, vale ao CNA fazer o processo menos burocrático e mais rápido, pois além da inscrição no programa, há ainda testes psicossociais que confirmam a aptidão da família, fazendo com que o processo seja mais demorado. Do mesmo modo que as famílias devem ter em mente que uma criança não se emoldara como os pais desejam, e sim o oposto, pois é papel da futura família mudar para fazer com que essa criança se sinta acolhida e aceita por alguém.

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