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Olodum: 40 Anos de História.
O grupo Olodum foi fundado em 1979, no Centro Histórico de Salvador e celebra 40 anos de história, arte e cultura afro brasileira. Tombado pela ONU como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado da Bahia, o grupo tornou-se uma das mais importantes expressões da música mundial.
O bloco afro foi inicialmente criado como opção de lazer para os moradores de Maciel/Pelourinho, a fim de garantir o direito de brincarem o carnaval de maneira organizada e também para mostrar a origem, história e cotidiano da população negra do centro de Salvador.
Olodum é uma palavra de origem yorubá e, no ritual religioso do candomblé, significa “Deus dos Deuses” ou “Deus maior” Olodumaré, não representa um orixá mas, o Deus criador do Universo.
O bloco vem se desenvolvendo, ao longo dos anos, com ações afirmativas na cidade de Salvador. A sua sede, A casa do Olodum, é um espaço que visa combater a discriminação social e racial, estimular a auto-estima e o orgulho dos afro-brasileiros, disseminar a cultura e assegurar os direitos civis e humanos das pessoas marginalizadas na Bahia e no Brasil.
As cores do Olodum formam a base do Pan-africanismo, Rastafarianismo e do Movimento Reggae; a cor verde representa as florestas equatoriais da África, o vermelho é o sangue da raça negra, o amarelo, o ouro da África, o preto é o orgulho da população negra e o branco, a paz mundial.
O bloco Olodum fez a diferença quando, a partir de 1983, começou a promover atividades culturais de caráter sócio-comunitário, dando origem ao Grupo Cultural Olodum, Organização Não Governamental (ONG) do movimento negro brasileiro, com estatuto registrado e reconhecido pelo governo da Bahia como sede de utilidade pública municipal e estadual. A ONG Olodum criou também, em 1983, o projeto Rufar dos Tambores cujo o objetivo era desenvolver iniciativas que promovessem cultura e educação para as crianças e adolescentes da comunidade do Pelourinho. O resultado dessa iniciativa foi a primeira Banda Mirim do Olodum.
Criada em 1987, a Banda Olodum estreou no mercado musical com o álbum Egito Madagascar, disco consagrado pelo sucesso da música “Faraó”. O grupo possui no currículo vinte e cinco CD’s e LP’s gravados, sendo onze nacionais e quatorze internacionais com mais de cinco milhões de cópias vendidas. A Banda Olodum trouxe diferentes sonoridades e transformou as músicas africanas que originou novos ritmos como o Ijexá, Samba, Alujá, forró e diversificou com o ritmo Samba-reggae, característica marcante do Olodum, criado pelo músico e percussionista Neguinho do Samba. A banda que ganhou notoriedade mundial percorreu 40 países, tendo participado de duas aberturas de jogos mundiais.
A notável trajetória do Olodum durante esses 40 anos de história apresenta o movimento como sendo um dos maiores representantes da cultura afro no carnaval de Salvador, inovando a cada ano e buscando o resgate e as referências da cultura negra nos desfiles, apresentando ao público simbolismos, fantasias, músicas e danças.
O Presidente do Olodum Jorge Jorge Rodrigues afirma:
“A vivência da dura realidade social e a existência da discriminação racial transformaram-se na essência e na inspiração do protesto; a busca pela afirmação das raízes pluriculturais fez com que a cada ano o Olodum levasse os foliões a uma viagem, contando a história do seu novo povo, a história do samba-reggae, a história dos ritmos mágicos, a história do movimento negro na Bahia e no Brasil, a história dos moradores do Maciel/Pelourinho, enfrentando de cabeça erguida a discriminação sócio-racial, levando a toda sociedade – seja pelo trabalho contagiante do carnaval – a consciência da origem africana e a necessidade da luta pela justiça social, pela liberdade e pela democracia. É a história de um bloco que fez do carnaval a oportunidade de unir a sociedade em torno da expressão da cultura afro-brasileira.”
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