Respostas
Resposta:
Ao discutirmos o contexto envolvendo o
ensino de filosofia no período da Ditadura
Militar no Brasil, percebemos as contradições
entre o discurso do Regime Militar e as práticas
desse mesmo governo no campo da educação,
da política e da economia.
Essa contradição é facilmente confirmada
quando a filosofia é estrategicamente substituída
no currículo da educação brasileira e, de
opcional passa a ser excluída do currículo. Nesse
sentido, a filosofia, além de não servir aos
interesses econômicos e ideológicos de uma
determinada da Ditadura, é tida como ameaça à
ordem vigente.
O medo da ameaça à ordem e à suposta
segurança nacional fez com que a filosofia fosse
excluída do currículo, pois uma filosofia que
possibilitava a reflexão crítica da realidade.
Mesmo com poucos professores e estudantes
atuando no viés crítico e transformador, ela era
suficiente para ser considerada subversiva e,
portanto, ser combatida, vigiada e proibida.
Soma-se a essa realidade o fato de que a
filosofia integra as ciências humanas e, diante do
tecnicismo que se instaura no país, ambas não se
enquadram e são consideradas, inicialmente,
desnecessárias, e a filosofia, cunhada de
subversiva. Afinal, no contexto ditatorial, pensar
diferente e contra a corrente já era motivo de
subversão. Destaca-se, porém, que, em algumas
universidades, a Filosofia integrou a vanguarda
da crítica e do enfrentamento ao regime militar,
sendo subversiva em sua completude.