• Matéria: Português
  • Autor: ingrid263564
  • Perguntado 3 anos atrás

Enunciado

TEXTO:

Mocidade e morte

Oh! Eu quero viver, beber perfumes

Na flor silvestre, que embalsama os ares;

Ver minh’alma adejar2 pelo infinito,

Qual branca vela3 n’amplidão dos mares1.

No seio da mulher há tanto aroma...

Nos seus beijos de fogo há tanta vida...

— Árabe errante, vou dormir à tarde

À sombra fresca da palmeira erguida.

Mas uma voz5 responde-me sombria:

Terás o sono sob a lájea fria.

Morrer... quando este mundo é um paraíso,

E a alma um cisne de douradas plumas:

Não! o seio da amante é um lago virgem4...

Quero boiar à tona das espumas.

Vem! formosa mulher — camélia pálida,

Que banharam de pranto as alvoradas. Minh’alma é a borboleta, que espaneja

O pó das asas lúcidas, douradas...

E a mesma voz6 repete-me terrível,

Com gargalhar sarcástico: — impossível! [...]

CASTRO ALVES, Antônio de. Espumas flutuantes. In: ______. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1977. p. 88.



Há uma afirmação correta sobre a linguagem do poema em

I. “Qual branca vela n’amplidão dos mares.” (Ref.1) é um verso construído a partir da comparação entre o “adejar” (Ref.2) da alma no infinito e o movimento da “vela” (Ref.3) nos mares.

II. No verso 7, “Árabe errante, vou dormir à tarde”, há um termo empregado no lugar do outro, pela proximidade de sentido entre ambos.

III. Em “o seio da amante é um lago virgem...” (Ref.4), há evocação de duas sensações cinestésicas.

IV. No verso 16 — “Que banharam de pranto as alvoradas.” —, há uma inversão da posição usual dos termos essenciais da oração.

V. As expressões “uma voz” (Ref.5) e “mesma voz” (Ref.6) são referências a uma premonição ou intuição da iminência da morte.



A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão corretas é a


A.
I e II.


B.
II e IV.


C.
III e V.


D.
I, IV e V.


E.
II, III e V.

Respostas

respondido por: regirlannyfreitas
1

Resposta:

D.  I “Qual branca vela n’amplidão dos mares.” (Ref.1) é um verso construído a partir da comparação entre o “adejar” (Ref.2) da alma no infinito e o movimento da “vela” (Ref.3) nos mares.

IV. No verso 16 — “Que banharam de pranto as alvoradas.” —, há uma inversão da posição usual dos termos essenciais da oração.

V. As expressões “uma voz” (Ref.5) e “mesma voz” (Ref.6) são referências a uma premonição ou intuição da iminência da morte.

Letra D = I, IV e V

Explicação:

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