Poema de Alberto de Oliveira - À Minha Filha À Minha Filha Vejo em ti repetida, A anos de distância, A minha própria vida, A minha própria infância. É tal a semelhança, É tal a identidade, Que é só em ti, criança, Que entendo a eternidade. Todo o meu ser se exala, Se reproduz no teu: É minha a tua fala, Quem vive em ti, sou eu. Sorris como eu sorria, Cismas do meu cismar, O teu olhar copia, Espelha o meu olhar. És como a emanação, Como o prolongamento, Quer do meu coração, Quer do meu pensamento. Encarnas de tal modo Minha alma fugitiva, Que eu não morri de todo Enquanto sejas viva! Por que mistério imenso Se fez a transmissão De quanto sinto e penso Para esse coração? Foi como se eu andasse Noutra alma a semear Meu peito, minha face, Meu riso, meu olhar... Meus íntimos desejos, Meus sonhos mais doirados, Florindo com meus beijos Os campos semeados. Bendita é a colheita, Deus confiou em nós... Colhi-te, flor perfeita, Eco da minha voz! Foi o amor, foi o amor, Ó filha idolatrada, O sopro criador Que te tirou do nada! Deus bendito e louvado, Ó filha estremecida, Por te cá ter mandado A reviver-me a vida!
1) O que você entendeu do poema?
me ajudem
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Resposta:
leia o poema de estrofes assim que entender a primeira estrofe você vai para a outra estrofe e entenda e assim vai ,boa sorte
Explicação:
espero ter ajudado
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