Um escularápio foi chamado para tratar de uma rica senhora que sofria de catarata.
Sendo, porém, desonesto, o nosso querido amigo sempre que ia visitar a rica velha
furtava-lhe um objeto precioso. Quando acabaram os objetos preciosos, ele começou,
despudoradamente, a levar-lhe também os móveis, um a um. Afinal, certo dia, não
tendo mais o que roubar, deixou de visitar a velha. Mas não contente com isso
sapecou-lhe em cima uma conta terrível, capaz de abalar mesmo a fortuna do mais
rico catarático. A velha protestou dizendo que não pagava, e a coisa foi parar no
Tribunal. E foi no tribunal que a velha declarou o motivo de sua recusa em pagar.
Disse: “Não posso pagar a conta do senhor escularápio, do doutor médico, porque eu
estou com a vista muito pior do que quando ele começou a me tratar. No início do
tratamento eu ainda via alguma coisa. Mas, agora, não consigo enxergar nem os
móveis lá da sala”.
Moral: a extrema desonestidade acaba visível mesmo para um cego.
(Millôr Fernandes. Fábulas fabulosas. 12. ed. Rio de janeiro: Nórdica, 1991).
QUESTÃO 03: No texto, o elemento que gera a história narrada é
(A) a falta de ética do médico ao cobrar um alto valor pelas consultas.
(B) a preocupação da senhora ao perceber piora em seu tratamento.
(C) a desonestidade de um médico ao se aproveitar de uma paciente indefesa. (D) o protesto da senhora para não pagar pelas consultas médicas.
Respostas
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letra a eu acho jdifksnhejworoci ukslzmc
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Resposta:
acho que a letra A
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