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Os setores republicanos já o tinham como herói que representava suas ideiais. Mas, como boa parte da população brasileira nem sabia o que realmente significava república e a imagem do mártir ainda não era apresentada nos livros didáticos, fazia-se necessário implementar sua imagem no imaginário popular. Já em 1890, a data de sua morte foi decretada feriado nacional.
A nova forma de governo fez surgir a necessidade de construção e reformas de prédios para propósitos políticos e administrativos. Para enfeitá-los, era normal que se encomendassem quadros que valorizassem a pátria. Entre os temas, não podiam faltar quadros de Tiradentes - que foram reproduzidos em jornais e livros para se tornarem conhecidos da população.
Entretanto, a obra mais conhecida sobre ele não foi encomendada. Pedro Américo era o pintor oficial do regime monárquico brasileiro (é dele o quadro O grito do Ipiranga, que representa a independência do Brasil de Portugal). Quando a república começou, ele perdeu esse cargo e também foi aposentado da Academia de Belas Artes. Para recuperar o apoio do governo, decidiu produzir uma série de cinco obras sobre a Inconfidência. Apenas a última, Tiradentes suplicado, posterirormente conhecida como Tiradentes esquartejado, de fato foi feita.