Respostas
Resposta:
O caboclo representa os mestiços baianos que lutaram pela Independência da Bahia contra as tropas portuguesas, derrotadas no dia 2 de Julho de 1823. Já a Cabocla representa a índia Catarina Paraguaçu e a figura feminina nas lutas pela independência.
Explicação:
A Independência da Bahia,[nota 1] também chamada de Independência do Brasil na Bahia,[2][3][4][5] foi um movimento que, iniciado em 19 de fevereiro de 1822 e com desfecho em 2 de julho de 1823, motivado pelo sentimento federalista emancipador de seu povo, terminou pela inserção da então província na unidade nacional brasileira, consolidando a Independência do Brasil.[6][7]
Independência da Bahia
Guerra da Independência do Brasil
Parreiras O Primeiro Passo para a Independência da Bahia.png
O Primeiro Passo para a Independência da Bahia, de Antônio Parreiras.
Data
19 de fevereiro de 1822 a
2 de julho de 1823
Local
Bahia
Desfecho
Adesão da Província da Bahia à independência brasileira.
Mudanças territoriais
Recôncavo baiano
Beligerantes
Flag Kingdom of Brazil.svg Reino do Brasil Flag United Kingdom Portugal Brazil Algarves.svg Reino de Portugal
Comandantes
Flag Kingdom of Brazil.svg Pedro Labatut Flag United Kingdom Portugal Brazil Algarves.svg Inácio Luís Madeira de Melo
Forças
1 500 (início)–14 000 (fim)[carece de fontes]
Navios:
1 navio de linha
3 fragatas
2 corvetas
3 navios brigadeiros
1 "Charrua"
1 brigadeiro-escuna
Total: 11 navios
3 000 (início)–10 500 (fim)[carece de fontes]
Navios:
1 navio de linha
2 fragatas
1 "Charrua"
8 corvetas
2 brigadeiros
Total: 14 navios
Aderira Salvador à Revolução liberal do Porto, de 1820 e, com a convocação das Cortes Gerais em Lisboa, em janeiro do ano seguinte, envia deputados como Miguel Calmon du Pin e Almeida na defesa dos interesses locais. Divide-se a cidade em vários partidos, o liberal unindo mesmo portugueses e brasileiros, interessados em manter a condição conquistada com a vinda da Corte para o país de Reino Unido, e os lusitanos interessados na volta ao estado de antes.[8] Dividem-se os interesses, acirram-se os ânimos: de um lado, portugueses interessados em manter a província como colônia, e do outro, brasileiros, liberais, conservadores, monarquistas e até republicanos se unem, finalmente, no interesse comum de uma luta que já se fazia ao longo de quase um ano, e que somente se faz unificada com a própria Independência do Brasil a partir de 14 de junho de 1822, quando é feita na Câmara da vila de Santo Amaro da Purificação a proclamação que pregava a unidade nacional, e reconhecia a autoridade de D. Pedro I.[8]
Embora antecedida pela Convenção de Beberibe e pelas reações ao Dia do Fico, a luta pela Independência na Bahia veio antes da independência brasileira, e só concretizou-se quase um ano depois do 7 de setembro de 1822: ao contrário da pacífica proclamação às margens do riacho Ipiranga, só ao custo de muitas vidas e batalhas por terra e mar emancipou-se de Portugal, de tal modo que seu Hino afirma ter o Sol que nasceu ao 2 de julho brilhado mais que o primeiro.[9][10][11]
Em 8 de novembro de 1822, registrou-se o principal confronto, conhecido como a Batalha de Pirajá. O General Pedro Labatut, mercenário francês contratado por D. Pedro I para lutar em favor da independência do Brasil, reforçou as tropas que sitiavam a capital baiana com a Brigada do Major (depois coronel) José de Barros Falcão de Lacerda, composta por 1 300 soldados de Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro, que repeliu três ataques portugueses, ocasionando 80 mortes e deixando outros 80 feridos.[12][13] Em abril de 1823, chegou em Salvador a esquadra real comandada pelo Almirante inglês Thomas Cochrane, bloqueando o porto. Sem abastecimento de gêneros alimentícios e impossibilitados de receber reforços, os portugueses se retiraram na madrugada do dia 1 para o dia 2 de julho com as riquezas que puderam levar, e aos 2 dias do mês de julho de 1823, o Exército Libertador entrou triunfante na cidade já desocupada pelo inimigo. Durante o movimento, que se estendeu por um ano e quatro meses, houve aproximadamente 150 mortes no lado brasileiro em campo de batalha.[14]
o caboclo lutou pela independencia da Bahia.E As duas principais figuras no Cortejo 2 de Julho estão representadas pelo Caboclo e a Cabocla. As imagens, esculpidas por Manoel Inácio da Costa, surgiram em 1840 ou 1849 (há divergências nas datas). O caboclo representa os índios e mestiços baianos que lutaram pela Independência da Bahia contra as tropas portuguesas, derrotadas no dia 2 de Julho de 1823. Já a Cabocla representa a índia Catarina Paraguaçu e a figura feminina nas lutas pela independência.
O índio teve participação importante nas lutas pela independência. Ele representava o "verdadeiro brasileiro", o dono da terra, que somara seus esforços aos demais combatentes. Em 1896 foi erguido um monumento em sua homenagem, na Praça 2 de Julho (Campo Grande), em Salvador.
Durante todo o ano, as esculturas ficam abrigadas no pavilhão Dois de Julho, no Largo da Lapinha. No cortejo, geralmente, as figuras são enfeitadas com flores e palmeiras carregadas por pedidos, bilhetes e oferendas.