• Matéria: Português
  • Autor: gustavomac777
  • Perguntado 3 anos atrás

Os amigos na praia



Éramos três velhos amigos na praia quase deserta. O sol estava bom; e o mar, violento. Impossível nadar: as ondas rebentavam lá fora, enormes, depois avançavam sua frente de espumas e vinham se empinando outra vez [...]. Mal a gente entrava no mar a areia descaía de chofre, quase a pique, para uma bacia em que não dava pé; alguns metros além havia certamente uma plataforma de areia onde o mar estourava primeiro. Demos alguns mergulhos, apanhamos fortes lambadas de onda e nos deixamos ficar conversando na praia; o sol estava bom.



Éramos três velhos amigos e cada um estava tão à vontade junto dos outros que não tínhamos o sentimento de estar juntos, apenas estávamos ali. Talvez há 10 ou 15 quinze anos atrás tivéssemos estado os três ali ou em algum outro lugar da praia, conversando talvez as mesmas coisas. Certamente éramos os três mais magros, nossos cabelos eram mais negros... Mas que nos importava isso agora? [...]





BRAGA, Rubem. Os amigos na praia. In: Portal da Crônica Brasileira. Disponível em: . Acesso em: 30 jul. 2021. Fragmento.



Texto 2



Diário



[...] Rubem é, atualmente, a amizade que eu mais prezo. Numa declaração de bens citaria, entre as primeiras coisas: “Conto com a amizade de Rubem Braga”. Homem seco e difícil, trata-me com carinho comovente. Quando viajamos juntos, dá-me a melhor cama do quarto. [...] Alego que ele é mais velho e escreve melhor. Mesmo assim, durmo na cama larga e macia. [...]



Admiro-o, além disso. E muito mais como ser humano que como escritor. Rubem é um homem de bom senso. Só aconselha bem. Quando desaprova, pobre de quem fizer o que ele desaprovou. Sabe querer e conseguir as coisas, no tempo exato. Já o vi pleitear situações ou posses difíceis. Não pede. Mostra-se com direitos líquidos. Queria ser assim. Não sei conseguir nada. Embrulho as palavras. [...]



Queria contar sempre com a amizade e a companhia desse querido amigo. Queria amá-lo e admirá-lo, à medida que o conhecesse cada vez mais. É difícil, porém, manter uma amizade. [...]



MARIA, Antônio. Diário. In: Portal da Crônica Brasileira. Disponível em: . Acesso em: 30 jul. 2021. Fragmento.



No Texto 2, no trecho “Queria amá-lo e admirá-lo...”, (3º parágrafo) a linguagem utilizada é
arcaica.
coloquial.
padrão.
regional.

Respostas

respondido por: pedrolucasmirandaval
3

Resposta:

Resposta correta é a D: tratam da relação de amizade entre as pessoas.

Explicação:


pedrolucasmirandaval: E a outra resposta também é: Coloquial
pedrolucasmirandaval: Mais uma resposta é: Expressar o tempo
melzinhafelix05: tmj
mav99711: letra d
respondido por: yuri14rodrigues
6

A linguagem utilizada neste trecho é a padrão, que segue as regras da norma culta (item C). No trecho “Queria amá-lo e admirá-lo...”, houve um uso correto das locuções verbais.

A linguagem formal é utilizada em situações mais formais, onde a norma culta é necessária. Quanto ao uso das normas gramaticais, na linguagem formal ela é totalmente correta.

A diferença que conseguimos identificar a partir da leitura dos dois textos é de que no primeiro as palavras estão estruturadas em forma de um texto comum e curto, como se fosse um tipo de prosa.

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