• Matéria: Português
  • Autor: fernardasantos
  • Perguntado 9 anos atrás

O emprego do sujeito indeterminado é muito comum em situações em que o falante tem, por algum motivo, a intenção de não se referir a uma pessoa específica. Por exemplo, se um dos moradores de uma casa diz à seus familiares "Usaram a minha toalha de banho", ele espera que alguém assuma o que fez e se justifique.
Há, a seguir, alguns textos com sujeito indeterminado. Considerando cada contexto, identifique a intenção do falante ao empregar esse tipo de sujeito.

a.) Um amigo seu chega, no meio da turma toda, e diz a você com ar misterioso:
- Mandaram dizer que é pra você esperar no lugar de sempre.

b.) Os alunos estão jogando bola o pátio da escola. De repente começa uma discussão. Dois meninos se atracam e os outros ficam incentivando a briga. Um dos que assistiam ao jogo corre pra avisar o inspetor de alunos.
- Seu Marcos, estão brigando lá no pátio.
- Quem está brigando?
- Não sei, não. Só sei que virou uma confusão.

c.) Um grupo de meninas está conversando. A Gisele faz parte do grupo. De repente, chega mais uma menina e diz com ar maroto:
- Estão querendo saber o número do celular da Gisele. Digo qual é?

por favor me ajunda





Respostas

respondido por: pretogama
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a)       O uso do sujeito indeterminado (indicado pelo verbo mandar flexionado na terceira pessoa do plural do modo indicativo) indica, estabelece, nessa oração carga semântica de sugestão ou injunção (instrução). O interlocutor sugere que a melhor opção é que o outro espere no mesmo lugar.

 

b)      Neste caso, o sujeito é indeterminado pelo interlocutor a fim de não se envolver como delator do que está acontecendo na partida de futebol. Ele quer avisar da briga, mas tem razões para ocultar os participantes da briga, por essa razão, indetermina o sujeito.

 

c)       Em “Estão querendo saber o número do celular da Gisele”, o interlocutor sabe quem é a pessoa que quer sabê-lo, porém, deve existir uma confidencialidade. Por isso, o nome da pessoa que quer realmente saber o número do telefone é substituído pelo verbo estar flexionado na terceira pessoa do plural, como se ele estivesse no meio de várias possíveis pessoas que também quisessem ter o número.

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