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Explicação:
Funções orgânicas oxigenadas
As funções oxigenadas englobam os compostos orgânicos que apresentam grupos funcionais com a presença de carbono, hidrogênio e oxigênio – o terceiro elemento mais abundante. Em consequência disso, são categorizadas como: álcool, fenol, enol, éter, aldeído, cetona, ácido carboxílico e éster.
Essa diversidade é o resultado das inúmeras ligações feitas entre as três moléculas, o que acaba gerando cadeias carbônicas com milhões de compostos que possuem as mesmas estruturas.
Classificação das funções oxigenadas
Devido à grande quantidade de compostos, as funções oxigenadas estão entre as mais importantes funções orgânicas – conjunto de substâncias que compartilham das mesmas propriedades químicas. Confira, a seguir, as características e as funcionalidades de cada uma delas:
Álcoois
Compostos cujo grupo funcional é a hidroxila, ou seja, são formados por um átomo de hidrogênio e um de oxigênio (OH). Esse grupo une-se somente aos carbonos chamados saturados, aqueles que fazem apenas ligações simples. Eles também são divididos conforme a quantidade de hidroxilas. Sendo assim, os que têm uma recebem a nome de monoálcoois; quando são duas de diálcoois, já três ou mais são os poliálcoois.
Outra classificação é realizada de acordo com tipo de ligação entre o carbono saturado e hidroxila, sendo:
Primários – Ligados a um átomo de carbono
Secundários – Ligados a dois átomos de carbono
Terciários – Ligados a três átomos de carbono
Os álcoois mais usados no dia a dia são o etanol (álcool etílico), utilizado na fabricação de combustível e bebidas, e o metanol (álcool metílico), contido em solventes.
Fenóis
Assim como os álcoois, é uma das funções oxigenadas com o mesmo grupo hidroxila. O que os diferem é o tipo de cadeia carbônica: a hidroxila está ligada a um dos seis carbonos do anel aromático (benzeno).
Eles podem ser dissolvidos em álcool e éter, e são categorizados pelo número de hidroxilas presentes nas ligações: monofenóis (1 hidroxila), difenóis (2 hidroxilas) e polifenóis (a partir de 3 hidroxilas). Costumam ser usados na produção de explosivos, pomadas antibactericidas e creolina.
Enóis
Compostos marcados pela presença de uma hidroxila ligada diretamente a um carbono insaturado, isto é, que realiza ligação dupla. Eles podem formar cetonas ou aldeídos, pois a sua molécula de oxigênio é bastante eletronegativa, provocando intensa atração dos elétrons da ligação dupla do carbono.
Também conhecido como álcool vinílico, geralmente é utilizado em indústrias alimentícias e farmacêuticas, além de estimular a produção de vitamina C – importante para o fortalecimento do sistema imunológico humano.
Éteres
Outra classe que integra as funções oxigenadas são os éteres – substâncias altamente inflamáveis e que são formadas por um átomo de oxigênio entre duas cadeias de carbono. São denominados de simétricos, quando as cadeias de ligação são iguais (radicais idênticos), e assimétricos, se forem diferentes (radicais distintos).
Como possui um cheiro muito forte, o éter comum (etoxietano) já foi usado de anestésico para cirurgias. Hoje, serve de solvente e na extração de essências, perfumes, óleos e gorduras.
Aldeídos
Esses apresentam o grupo funcional carbonila (um carbono em ligação dupla com um oxigênio) ligado a um hidrogênio em das pontas da cadeia carbônica. Os tipos mais conhecidos são o metanal, encontrado no formol utilizado na conservação de cadáveres, em desinfetantes e perfumes, e a vanilina – contida na essência de baunilha.
Cetonas
As cetonas também mantêm o grupo carbonila (C=O) na sua estrutura, contudo ele aparece no meio da cadeia, isto é, entre os carbonos. E, da mesma maneira que os éteres, podem ter radicais idênticos (simétricos) ou diferentes (assimétricos). Classificam-se de acordo com a quantidade de carbonilas (monocetonas e policetonas) e servem para produção solventes de tintas e vernizes.
Ácidos carboxílicos
Compostos que também integram as funções oxigenadas, resultam da junção de uma carbonila (C=O) com uma hidroxila (-OH), formando a carboxila (COOH) na extremidade da cadeia. Esta categoria pode ser alifática, quando sua cadeia carbônica é aberta, ou aromática, quando possui um anel benzênico.
O ácido metanoico é um dos exemplos de carboxílicos existentes; também é chamado de ácido fórmico pois é liberado durante picada de determinadas formigas. Outros tipos são encontrados no vinagre (ácido etanoico ou acético), em frutas (ácido ascórbico) e na transpiração.
No momento que o ocorre a substituição do hidrogênio da hidroxila por um metal, criam-se os sais de ácido carboxílico. Já a união de dois ácidos carboxílicos origina o anidrido de ácido carboxílico.