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No século XVI, a Igreja já não possuía a força política do auge da Idade Média, o “status” agora pertencia à nobreza, com seus castelos luxuosos e exércitos para servir-lhes.
Catarina de Médici, ao chegar à França para tornar-se rainha, vinda da Itália, berço do Renascimento, trouxe consigo artistas que já produziam óperas e balés da corte em seu país. Seu coreógrafo mais importante foi Baltasar Beaujoyeux. Foi este coreógrafo que transformou o balé de corte em balé teatral. Sua primeira grande montagem de balé teatral na França foi o “Ballet Comique de la Reine”, em 1581, utilizando diferentes linguagens artísticas. A apresentação foi feita para um público de mais de dez mil pessoas, espetáculo que durou, aproximadamente, seis horas, durante a noite.
Este acontecimento foi o marco do surgimento do balé clássico. Baltasar Beaujoyeux considerava a dança uma organização de desenhos geométricos construídos pelo grupo de pessoas em movimento, pois a coreografia era frequentemente vista de cima, nas bancadas, balcões e camarotes, e o estilo da época era chamado de basse danse (dança baixa), constituída de passos rasteiros cadenciados e contados, evitando evoluções complexas e os saltos, até mesmo pelo vestuário e estilo nobre do século XVI.