Obs. : O texto deve ter entre 10 e 15 linhas. História e memória caminharam por muito tempo como complementares e relacionadas. O grego antigo Heródoto, pai da historiografia, já afirmava que a memória seria uma maneira de não se deixar perder a História dos feitos humanos. Posteriormente esta ligação foi rompida inicialmente pelo positivismo que via na memória uma fonte não confiável e uma referência ao caráter mitológico com que muitos classificavam a História. Em seguida esta relação foi criticada pela Escola dos Annales ao propor novas dimensões sobre o conhecimento histórico desmitificando o sentido histórico de construção do passado pela memória. No entanto, novas reflexões trazidas pela terceira geração dos Annales gerou a reflexão a respeito da memória não como algo individual, mas como um fato social que seria útil como fonte: a memória coletiva. Esta traria consigo elementos essenciais para o estudo do passado, pois cada memória carregaria a convivência social e informaria o historiador sobre essa identidade coletiva. Pensando nisso realize uma reflexão comparativa, diferenciando e aproximando os conceitos de memória e história.
Respostas
Resposta:
A memória e a história têm um aspecto muito comum: o corte entre o presente e o passado. Ambos dão consciência de tempo.
Mas é claro que a memória não é história, e a história não é memória. A história faz uso da memória, mas se distingue dela primeiramente por ser uma característica acadêmica (estudo), e segundo por que ela tende a verificação, ou seja, a instrumentalizar a memória. Portanto, a história se utiliza da memória. Seu papel na sociedade é revisitar a memória o tempo inteiro e perguntar a ela a respeito das problemáticas que estão sendo postas em análise no presente.
No caso da memória, podemos dizer que ela é uma atribuição fundamental e também uma habilidade que está sujeita a falhas, indefinições ou a constantes reformulações.
História e memoria estão em constante dialogo, mas são duas coisas distintas.
Apesar da história se utilizar da memória, não quer dizer que ela seja um conglomerado de memorias. Ou seja, a história tende a verificar e a cruzar as memorias com o local de surgimento delas. Portanto, a história seria a ideia de ‘quase’ diluição da memória. O papel fundamental da história é diluir a memória no corpo social no qual ela surge.
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