Quem dá uma Barbie para uma criança, põe a criança numa arapuca sem saída. Porque, ao ter uma Barbie, ela
ingressa no Clube das Meninas que têm Barbie. E as conversas, nesse clube, são assim: Eu tenho o chalé da praia
da Barbie. Você não tem. Ao que a outra retruca: Não tenho o chalé, mas tenho o marido loiro da Barbie, que você
não tem.
Essa é a primeira lição que a inofensiva boneca de plástico ensina. Ensina a terrível fala do eu tenho, você não
tem. A maldição das comparações. A maldição da inveja. Você deve conhecer alguns adultos que fazem esse jogo.
Haverá coisa mais chata, mais burra e mais mesquinha? Ao dar uma Barbie de presente, é preciso que você saiba
que a menina inevitavelmente aprenderá essa fala. (…)
Mas há uma saída. E, para ela, procuro sócios. Vamos começar a produzir o próximo e definitivo complemento
para a bruxa de plástico: urnas funerárias para a Barbie. Por vezes o feitiço só se quebra com o assassinato da
feiticeira – por bonitinha que ela seja…
ALVES, Rubem. “Teologia do Cotidiano”. 1. ed. São Paulo: Editora Olho d’Água, 1994. p. 24-25.
Questões
Questão 1 – No trecho “Quem dá uma Barbie para uma criança, põe a criança numa arapuca sem saída.”, o
pronome sublinhado:
a) exprime uma indefinição.
b) introduz uma pergunta.
c) retoma um termo dito anteriormente.
d) indica uma pessoa do discurso.
bragalorena72:
Não tem nenhum pronome sublinhado!
Respostas
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Letra A
Explicação:
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