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Não é de hoje que atores e atrizes negros estudam, pesquisam, encenam, agem e realizam ações coletivas com o intuito de terem a visibilidade de mídias, espaços e públicos que lhes são merecidos, tudo no plural mesmo. Já dizia Milton Nascimento nos versos de sua canção Nos bailes da vida: “todo artista tem de ir onde o povo está!”. Os atores e atrizes desejam ir e o público também deseja vê-los, entretanto, não é de hoje, que múltiplas variáveis inviabilizam a efetivação desta visibilidade.
Em meados de 1944, temos o surgimento do lendário, pioneiro e fundamental TEN (Teatro Experimental do Negro), idealizado e dirigido pelo ator e intelectual Abdias do Nascimento (1914). O TEN surgiu como um coletivo de artes cênicas constituído por atores negros selecionados entre operários, empregadas domésticas, pessoas sem teto, sem posição de prestígio social ou profissional. Além de refletir e investir em espetáculos que tivessem atores negros como protagonistas e que tratasse desta realidade em cena, o TEN também erguia a bandeira de uma conscientização sobre a situação da população negra dentro e fora dos palcos. Os seis meses de ensaios com o grupo de trabalhadores/atores renderam-lhes elogios e boa aceitação do público em suas primeiras apresentações no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Isto demonstrou que existia sim, no Brasil, uma parcela da população interessada em discutir questões étnicas e raciais.
ESPERO TER AJUDADO!!! ⊃≥3≤⊃