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“O Conde de Monte Cristo” é um romance clássico da literatura francesa escrito por Alexandre Dumas.
Publicado entre 1844 e 1846, “O Conde de Monte Cristo” foi publicado originalmente em folhetim, em que cada semana saia um capítulo.
“O Conde de Monte Cristo” é uma das obras de mais sucesso de Alexandre Dumas, o escritor dos famosos livros “Os Três Mosqueteiros” e “O homem da Máscara de Ferro”.
O título original é “Le Comte de Monte-Cristo”, e surgiu após uma viagem de Alexandre Dumas a Ilha de Monte-Cristo.
“O Conde de Monte Cristo” já foi adaptado diversas vezes, tanto no cinema quanto na televisão. Somente no cinema tem cerca de 10 adaptações.
No Brasil, o mais conhecido é a versão lançada em 2002, sob a direção de Kevin Reynolds. Para a televisão, diversas novelas e séries foram baseadas no romance. Até anime já foi baseada na obra “O Conde de Monte Cristo”.
O Conde de Monte Cristo é o primeiro livro de Alexandre Dumas que leio. O livro possui 1.663 páginas, mas isso de maneira alguma serve para desencorajar o leitor, pois uma vez que a leitura é iniciada o envolvimento com a leitura é tanto que não se torna cansativo, pelo contrário, foi um prazer enorme passar tantos dias, tantas horas envolvida com a bela história de Edmond Dantés.
Edmond Dantés era um jovem marujo que vivia com o seu velho pai. O garoto era motivo de orgulho por sua simplicidade e seu coração puro. Ele tinha uma noiva, Mercedes, e sua vida parecia ir bem, pois logo ele se tornaria capitão do navio e teria recursos necessários para sustentar seu pai e sua futura esposa.
Mas Edmond não contava com a inveja de duas pessoas que ele considerava como amigas, Fernand Mondego e Danglars. E que essa inveja levaria a uma traição. O garoto foi denunciado por conspiração e preso. Edmond tinha a esperança de que sua inocência seria provada em breve e consequentemente ele logo seria solto, mas o pobre rapaz não contava com mais uma traição. Para provar a inocência dele, outra pessoa seria incriminada, e o verdadeiro conspirador era nada mais nada menos que o pai do juiz Villefort. Então, para proteger o pai, Villefort permitiu que Edmond fosse acusado. E o pobre garoto foi confinado a uma cela no castelo de If, onde ficavam os piores criminosos.
Edmond passou anos e anos sem ter ideia do motivo pelo qual estava preso. Ele era muito ingênuo. Somente quando conseguiu ter contato com outro preso, o abade Faria, que cavara um túnel na tentativa de fugir, mas que errara o cálculo e o túnel foi acabar na cela de Edmond, foi que, através de muitas conversas, conseguiu entender que havia sido traído, quem o traiu e o motivo. Então, o doce rapaz passou a ser alimentado pelo desejo de vingança. Ele não mais desejava morrer, desejava fazer com que todos que o haviam traído pagassem de alguma forma.
Alexandre Dumas envolve o leitor num drama psicológico em que o personagem reflete sobre sua condição: dor, revolta, humildade, serenidade, ódio... Edmond passa por tudo isso enquanto passa 14 anos preso e nos leva a sentir o sofrimento dele.
Uma coisa que aprendi é que podemos tirar proveito até das situações mais difíceis. Sem dúvida a prisão não foi fácil para Edmond, mas o contato com o abade Faria fez com que ele fosse ensinado. O abade era muito culto, conhecia as ciências e falava vários idiomas. Ensinou tudo a Edmond, inclusive mostrou a ele como encontrar o tesouro que ninguém acreditava que existia.
Ao conseguir fugir da prisão, Edmond encontrou o tesouro, ficou riquíssimo, comprou o título de Conde e fez uso da riqueza e dos conhecimentos adquiridos com o abade para iniciar o seu pano de vingança. Ele se infiltrou na sociedade parisiense e se destacava em todo lugar que frequentava pela sua riqueza, elegância e sabedoria.
O Conde de Monte Cristo conseguiu o que queria: se vingar. De forma mirabolante planejou situações em que seus inimigos ficavam em apuros e sem jamais desconfiar que o conde estava por trás de tudo. Ele também foi bondoso com quem foi bondoso com ele, ajudou muitas pessoas. Monte Cristo não se tornou um homem mau, mas era frio e quis fazer justiça com as próprias mãos.
O livro inteiro é emocionante e prazeroso de ler. Dá para refletir sobre muitas coisas. No final, é comovente quando Monte Cristo reflete sobre seus atos, se agiu corretamente. Ele conseguiu destruir seus inimigos? Sim. Conseguiu ser feliz? Não. Apesar da fortuna, de todos os bens materiais que tinha sempre à sua disposição, ele carregava a dor do passado e o remorso do presente. Suas boas ações de certa forma apagavam um pouco a culpa, mas o livro relata que ele quase não sorria e quando o fazia seu sorriso trazia um pouco de dor. Não era um sorriso livre e feliz. Apesar de tudo o Conde de Monte Cristo é um personagem que encanta. Recomendo a leitura do livro. Ele sem dúvida entra na lista dos meus favoritos.
Escritora: Elaise G. Lima
do site: Apreciando a leitura