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Era motivo de prestígio participar do exército. Além disso, no período do Império, o exército tornou-se o principal instrumento para o exercício do poder político pelos imperadores. Comandante supremo do exército, o imperador era sempre apontado como o responsável pelas vitórias nas guerras.Para manter esse poderoso exército era necessário um processo constante de treinamento, seja nos períodos de guerra ou mesmo nos períodos de paz, quando o objetivo era preservar as fronteiras conquistadas. As fronteiras do Império Romano chegaram a ter cerca de 9.000 quilômetros! Esse número leva-nos a pensar sobre o tamanho do exército necessário para defendê-las.
Resposta:
A construção do maior Império da Antiguidade Ocidental não seria possível sem a criação e manutenção de um grande e forte exército. Nesse sentido, o exército romano foi uma das bases para o desenvolvimento da civilização romana desde seu início.
Durante a Monarquia e parte da República, o exército era comandado pelos patrícios, e o recrutamento era feito de forma obrigatória, principalmente entre os camponeses.
Mas havia um problema. As longas campanhas militares deixavam os camponeses durante muito tempo longe de suas terras. Suas mulheres e filhos ficavam responsáveis pelo cultivo.
Com um número menor de braços para trabalhar a terra, a produtividade diminuía, resultando na perda de terras para os latifundiários. Com essa situação, era comum a insatisfação dos camponeses com a participação no exército.
Para superar essa situação, durante o período republicano foi estimulado o recrutamento voluntário. Os proletários da cidade puderam participar do exército, recebendo em troca um salário, conhecido como soldo. Recebiam ainda as donativas, uma remuneração extra pela participação nas guerras, além de pedaços de terras nos territórios conquistados. Os povos vencidos também podiam participar do exército romano.
Era motivo de prestígio participar do exército. Além disso, no período do Império, o exército tornou-se o principal instrumento para o exercício do poder político pelos imperadores. Comandante supremo do exército, o imperador era sempre apontado como o responsável pelas vitórias nas guerras.
Para manter esse poderoso exército era necessário um processo constante de treinamento, seja nos períodos de guerra ou mesmo nos períodos de paz, quando o objetivo era preservar as fronteiras conquistadas. As fronteiras do Império Romano chegaram a ter cerca de 9.000 quilômetros! Esse número leva-nos a pensar sobre o tamanho do exército necessário para defendê-las.
Os soldados eram treinados com diversos tipos de armas, como escudos, espadas, lanças e punhais. Muitas vezes esses instrumentos de treinamento eram mais pesados que os usados em combate. Tal medida era adotada para tornar os soldados ainda mais fortes e hábeis.
Construir fortificações e acampamentos também era parte do treinamento, buscando escolher os melhores locais, próximos de estradas e longe de morros, além de contar com acesso a mantimentos, como água, madeira e alimento para os animais.
Engenheiros, carpinteiros, pedreiros e ferreiros também eram necessários na construção desses locais, bem como na construção de pontes flutuantes e levadiças, usadas para atravessar rios ou escalar fortificações.
O exército romano era constituído por legiões, formadas por efetivos de cerca de 5 a 6 mil homens. Havia ainda uma cavalaria de cerca de 120 cavaleiros e uma forte artilharia composta de balistas, bestas e onagros, armas de guerra que serviam para arremessar pedras, flechas e dardos. Bigas puxadas por cavalos, bem como elefantes de guerra, também eram usados para atacar os inimigos.
Os navios romanos eram movidos a vela e a remo. Os remos eram dispostos em três fileiras, dando o nome de trirremes a essas embarcações. Havia na proa — a parte frontal dos navios — um esporão utilizado para colidir com os navios inimigos e derrubá-los.
Esses instrumentos de guerra, aliados ao intenso treinamento, garantiram que o exército romano se mantivesse forte durante séculos, sendo superado com o declínio do Império, por volta do século V, quando se intensificaram as invasões bárbaras.