AFRO BRASILIDADE Os laços entre África e Brasil são nossos conhecidos de muito tempo. Seja na cor da pele, na textura dos cabelos, no gingado, na comida ou num simples cafuné, lá estão eles nos lembrando de uma história que começou a ser tecida muito antes de nós e que continuamos tecendo, conscientes ou não desse processo. E esta história, como toda boa história, tem suas tensões, fissuras, suspenses e grandes personagens. Mas de que adianta uma boa história se ela não puder ser ouvida? A trajetória da cultura afro-brasileira é uma história que precisa ser contada, não só por permitir a valorização do negro no Brasil, contribuindo para a diminuição do preconceito étnico- racial, mas, sobretudo, por nos fazer entender como sujeitos desta história, um legado que carregamos nas maneiras de pensar e agir. Conheça personalidades negras brasileiras: Carolina Maria de Jesus  Carolina Maria de Jesus Carolina Maria de Jesus nasceu na cidade de Sacramento, em Minas Gerais, no dia 14 de março de 1914. Filha de uma família pobre, de lavradores, e teve uma educação formal de apenas dois anos no Colégio Alan Kardec, que foi o suficiente para que ela desenvolvesse gosto pela leitura. Inclusive Carolina e sua mãe foram presas durante alguns dias, porque como ela sabia ler, as autoridades concluíram que ela lia para fazer feitiçaria. Em 1937, Carolina Maria de Jesus mudou-se para a cidade de São Paulo, onde trabalhou como empregada doméstica numa casa que tinha uma biblioteca, onde passava seu tempo de folga lendo. Em 1948, foi viver na favela do Canindé, onde nasceram seus três filhos. Enquanto viveu ali, foi catadora de papel. Carolina sempre amou ler, se tornar escritora, portanto, foi uma consequência. Assim, em 1950, publicou um poema em homenagem a Getúlio Vargas, no jornal O Defensor. Em 1958, o jornalista Audálio Dantas em uma reportagem sobre a favela de Canindé conheceu a autora e descobriu que ela possuía diversos cadernos (diários) em que dava seu testemunho sobre a realidade da favela. Foi ele quem a ajudou a publicar seu primeiro livro: Quarto de despejo. Assim, em 1960, o livro foi publicado e transformou-se em um sucesso de vendas. Nesse mesmo ano, a autora recebeu homenagens da Academia Paulista de Letras e da Academia de Letras da Faculdade de Direito de São Paulo, além de receber um título honorífico da Orden Caballero del Tornillo, na Argentina, em 1961. Seu livro foi traduzido para vários idiomas. Atualmente, cerca de 40 países conhecem essa obra. Depois do sucesso do seu livro, Carolina mudou- se da favela do Canindé, gravou um disco com composições próprias e continuou a escrever, publicando ainda o livro Casa de Alvenaria em que relatava a vida em Alto de Santana, zona norte de São Paulo. Entretanto, essa obra e as seguintes não obtiveram o mesmo êxito da primeira, por se tratar de uma escritora negra favelada que sofria muito preconceito, discriminação e crítica da imprensa. Em 1977, no dia 13 de fevereiro, Carolina Maria de Jesus morreu em Parelheiros, distrito da cidade de São Paulo. Após a morte de Carolina, seus livros continuaram a ser editados, ela virou nome de rua e de biblioteca, teve livros produzidos sobre ela, e assim a escritora conquistou lugar de destaque na literatura e na história nacional que ela merece. 1. De acordo com o texto porque as outras obras de Carolina não tiveram o mesmo êxito da primeira? * 1 ponto a) Por Carolina ter parado de escrever já que tinha ganhado muito dinheiro. b) Por Carolina ter se mudado para a Argentina após seu primeiro livro. c) Por Carolina ser uma escritora negra favelada que sofria preconceito, discriminação e crítica. d) Por Carolina ter morrido logo após a publicação do seu primeiro livro em 1961.
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1°_resposta:Por ela ser uma escritora negra favelada que sofria preconceito ,discriminação e crítica LETRA C
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