• Matéria: Português
  • Autor: jajapb
  • Perguntado 3 anos atrás

Um dos fundamentos da linguística textual trata da relação entre o texto e o contexto. Essa relação faz parte da produção verbal, sendo que é possível reconhecer em uma mensagem o mínimo necessário para que o texto faça sentido. É preciso entender quais são os fatores que fazem um texto ser realmente um texto. Para entender como a linguagem é uma importante mediadora na interação no mundo, o texto precisa ter coerência, que é o processo de construção do sentido e perpassa todo o texto. A coerência está na interação social, nos domínios cognitivos e linguísticos. Ela diz muito sobre como as pessoas constroem os sentidos dos seus textos. O texto será incoerente se quem o produz não souber adequá-lo à situação, levando em conta intenção comunicativa, objetivos, destinatário, regras socioculturais entre outros elementos da situação. O sentido emerge da interação entre os sujeitos e o texto. A partir desses princípios, você decidiu trabalhar um trecho da crônica Em código, de Fernando Sabino, com seus alunos do 9º ano do Ensino Fundamental. Descrição da imagem não disponível ​​​​​​​ Após a leitura, os alunos ficaram surpresos com o estilo do texto e bastante curiosos em razão da confusão gerada no diálogo. Neste Desafio, considerando os princípios da linguística textual, como você pode explicar aos seus alunos essa confusão no diálogo? É possível afirmar, como sugere um dos personagens, que é uma carta em código?

Anexos:

Respostas

respondido por: cidamaral42
7

Resposta:

A confusão gerada no diálogo é um exemplo da dependência do texto com o contexto. Embora todos os 12 itens do recado estivessem escritos em língua portuguesa, não em código, eles não fizeram sentido para nenhum dos participantes do diálogo porque estavam fora de contexto. A crônica de Fernando Sabino continua explicando a confusão:

“Desliguei, atônito, fui até refrescar o rosto com água, para poder pensar melhor. Só então me lembrei: haviam-me encomendado uma crônica sobre essas frases que os motoristas costumam pintar, como lema, à frente dos caminhões. Meu irmão, que é engenheiro e viaja sempre pelo interior fiscalizando obras, prometera ajudar-me, recolhendo em suas andanças farto e variado material.”

O texto não chega a ser uma carta em código. Todas as frases fazem sentido quando são lidas coladas nos vidros e nos para-choques de caminhões, mas geram confusão quando lidas em lista em um recado transmitido por telefone, reforçando a importância do contexto para a compreensão da mensagem.

Explicação:

Padrão de resposta esperado

respondido por: pascalesousa
0

Resposta:

Resposta esperada pelo professor

A confusão gerada no diálogo é um exemplo da dependência do texto com o contexto. Embora todos os 12 itens do recado estivessem escritos em língua portuguesa, não em código, eles não fizeram sentido para nenhum dos participantes do diálogo porque estavam fora de contexto. A crônica de Fernando Sabino continua explicando a confusão:

“Desliguei, atônito, fui até refrescar o rosto com água, para poder pensar melhor. Só então me lembrei: haviam-me encomendado uma crônica sobre essas frases que os motoristas costumam pintar, como lema, à frente dos caminhões. Meu irmão, que é engenheiro e viaja sempre pelo interior fiscalizando obras, prometera ajudar-me, recolhendo em suas andanças farto e variado material.”

O texto não chega a ser uma carta em código. Todas as frases fazem sentido quando são lidas coladas nos vidros e nos para-choques de caminhões, mas geram confusão quando lidas em lista em um recado transmitido por telefone, reforçando a importância do contexto para a compreensão da mensagem.

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