• Matéria: Sociologia
  • Autor: leandradaluz
  • Perguntado 3 anos atrás

A estatização ocorre quando uma empresa, serviço ou economia é de posse do controle estatal. No Brasil esse fenômeno foi mais acentuado na Era Vargas, que por meio de empréstimos junto a países desenvolvidos, Getúlio Vargas investiu no desenvolvimento das indústrias de base (empresas de mineração, petróleo, entre outros) para impulsionar o desenvolvimento da indústria e da burguesia nacional.

No campo do desenvolvimento social, Vargas instituiu uma política centralizadora de controle do proletariado por meio de ações como o controle dos sindicatos, onde deveria haver harmonia entre os que oferecem trabalho e os que precisam trabalhar para que o país possa ser próspero. A questão social era vista como caso de polícia, onde o trabalhador só era considerado "sujeito de bem" se tivesse trabalho regulamentado pelas Leis Trabalhistas. Nas abordagens policiais realizadas na época, as pessoas precisavam mostrar que eram trabalhadoras, pois pessoas desempregadas eram consideradas desocupadas e poderiam ser recolhidas pela polícia.

Em meio a esse cenário, nasce o Serviço Social para manter a manutenção do estado dominante e ensinar o trabalhador a se enquadrar na sociedade, pois esta era perfeita e o individuo precisava se ajustar a ela. Se o proletário não possuía trabalho a culpa era sua que não era um bom trabalhador.

No período em que ocorreu a estatização do estado brasileiro, o Serviço Social desenvolveu suas primeiras práticas como profissão, o que acabou por criar uma imagem de que os assistentes sociais eram fiscalizadores do governo, com uma prática moralizadora.

Utilizando os elementos apresentados, responda:

Como você percebe a constituição dessa imagem atribuída no início da profissão com a visão que as pessoas têm hoje sobre ela?

Respostas

respondido por: amandasandrade10
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Resposta:

O Serviço Social nasceu sobre a imagem de ser um dos agentes que contribuiria para a população aceitar o sistema capitalista e por meio do seu trabalho para que ele se desenvolvesse. Suas práticas tinham por objetivo maior o ajustamento do proletariado nos limites estabelecidos pelo estado e burguesia. A população deveria aceitar a exploração burguesa para que pudesse receber os benefícios assistenciais oferecidos pelo Estado, cabendo ao Assistente Social fiscalizar os beneficiários para verificar se eles eram merecedores de receber ajuda do Governo.

Os assistentes não tinham possibilidade de reflexão crítica, pois eram a profissão do fazer, imagem atribuída à profissão até hoje, como executores das políticas públicas. O que se modifica é o aspecto crítico da profissão e o rompimento com a burguesia e alinhamento com as bandeiras de lutas da classe operária. A prática do Assistente Social passa de uma perspectiva moralizadora para uma perspectiva emancipadora de busca por direitos. Antes a população deveria ser merecedora dos direitos, obtidos por meio do seguimento da moral e dos bons costumes da época, hoje estes são direitos de todos e de dever do Estado fornecer.

Explicação:

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